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19/05/2002
-
03h05
MARCELO BARTOLOMEI
Editor de Equilíbrio da Folha Online
Pincéis, tubos de tinta, cavaletes de madeira, esculturas, argila, gesso e pedestais deixaram de ser artigo exclusivo de galerias e ateliês de arte. Esse material pode ser encontrado agora em hospitais públicos, na aplicação da arte-terapia, técnica de auxílio no tratamento de doenças crônicas que surge como alternativa na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) neste ano.
O Hospital de Clínicas abre a partir desta segunda-feira, dia 20, uma exposição de esculturas em bronze fundido e quadros no ambulatório de quimioterapia, na tentativa de amenizar a angústia e a dor dos pacientes do setor.
Cem pacientes passam por dia pela quimioterapia do HC, o maior hospital da região de Campinas, onde são realizadas 5.000 consultas diariamente.
O HC está construindo um teatro ao lado de sua sede, que será voltado para o corpo clínico e para pacientes.
Não é a primeira vez que o HC usa a arte com fins terapêuticos. Esporadicamente, músicos da universidade ou artistas voluntários levam seus trabalhos ao hospital, na tentativa de quebrar o ambiente hostil e amenizar o sofrimento dos pacientes, como é o caso de grupos semelhantes ao "Doutores da Alegria", que atuam na pediatria do hospital.
Atualmente, a França é um dos países mais desenvolvidos na atuação de arte-terapia.
Em São Paulo, há diversos trabalhos espalhados por hospitais da cidade, envolvendo crianças e adultos. O Instituto da Criança da USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, mantém voluntários em artes plásticas para trabalhar com pacientes.
Há trabalhos de arte-terapia também no Rio de Janeiro e em Porto Alegre (RS).
"Com uma exposição de arte, conseguimos quebrar a rotina desagradável do hospital. Com arte, um corredor frio ou um saguão sem graça de um hospital desvia a atenção do paciente e diminui sua angústia, preenchendo o tempo de espera", diz o médico do HC de Campinas Jamiro Wanderley, 46.
Pacientes com câncer, hemofílicos, soropositivos e com problemas ortopédicos crônicos, além de crianças, são os que mais necessitam da arte-terapia.
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Editor de Equilíbrio da Folha Online
Pincéis, tubos de tinta, cavaletes de madeira, esculturas, argila, gesso e pedestais deixaram de ser artigo exclusivo de galerias e ateliês de arte. Esse material pode ser encontrado agora em hospitais públicos, na aplicação da arte-terapia, técnica de auxílio no tratamento de doenças crônicas que surge como alternativa na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) neste ano.
O Hospital de Clínicas abre a partir desta segunda-feira, dia 20, uma exposição de esculturas em bronze fundido e quadros no ambulatório de quimioterapia, na tentativa de amenizar a angústia e a dor dos pacientes do setor.
Cem pacientes passam por dia pela quimioterapia do HC, o maior hospital da região de Campinas, onde são realizadas 5.000 consultas diariamente.
O HC está construindo um teatro ao lado de sua sede, que será voltado para o corpo clínico e para pacientes.
Não é a primeira vez que o HC usa a arte com fins terapêuticos. Esporadicamente, músicos da universidade ou artistas voluntários levam seus trabalhos ao hospital, na tentativa de quebrar o ambiente hostil e amenizar o sofrimento dos pacientes, como é o caso de grupos semelhantes ao "Doutores da Alegria", que atuam na pediatria do hospital.
Atualmente, a França é um dos países mais desenvolvidos na atuação de arte-terapia.
Em São Paulo, há diversos trabalhos espalhados por hospitais da cidade, envolvendo crianças e adultos. O Instituto da Criança da USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, mantém voluntários em artes plásticas para trabalhar com pacientes.
Há trabalhos de arte-terapia também no Rio de Janeiro e em Porto Alegre (RS).
"Com uma exposição de arte, conseguimos quebrar a rotina desagradável do hospital. Com arte, um corredor frio ou um saguão sem graça de um hospital desvia a atenção do paciente e diminui sua angústia, preenchendo o tempo de espera", diz o médico do HC de Campinas Jamiro Wanderley, 46.
Pacientes com câncer, hemofílicos, soropositivos e com problemas ortopédicos crônicos, além de crianças, são os que mais necessitam da arte-terapia.
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