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19/05/2002
-
03h10
da Folha Online
O uso da arte-terapia é defendido por médicos como uma técnica que pode amenizar o sofrimento de pacientes e reduzir a dor.
A técnica está sendo utilizada no Centro Boldrini como um recurso pediátrico, na tentativa de aliviar a intensidade de dor e a diminuição da ansiedade dos pacientes.
Segundo a psicóloga Elisa Maria Perina, 45, coordenadora do Programa de Cuidados Paliativos e Contra a Dor do Boldrini, a arte-terapia é utilizada principalmente em pacientes com anemia falciforme, cujo estado de saúde é terminal. "Trabalhamos para que, cada vez mais, a arte seja um instrumento eficaz para o tratamento", afirma.
Segundo a médica Cristina Miuki Abe Jacob, 47, do Instituto da Criança da USP, crianças com leucemia, cujo tratamento consiste na colheita do líquor, sofrem antecipadamente com medo da picada nas costas para retirada do material.
"Tínhamos um caso de uma criança que não sorria, não falava e não comia desde que chegou ao hospital. Depois que os 'Doutores da Alegria' chegaram, ela sorriu e deixou a equipe colher o material", afirmou a imunologista.
No caso de adultos, a introdução da arte no tratamento significa carinho e alegria. "O médico não cura a doença, apenas controla. O paciente não pode se deixar derrotar. Se você acha que vai sarar, isso ajuda muito."
A artista plástica Maria Angela Ferreira da Rosa, de Limeira (interior de São Paulo), que abrirá amanhã na Unicamp uma exposição no setor de quimioterapia, disse que vê toda arte como terapia. "É uma luz", afirmou. Ela trabalha como voluntária em hospitais e instituições que trabalham com pacientes crônicos desde o ano passado.
No Hospital de Clínicas da Unicamp, vai expor dez obras, entre esculturas e telas que foram dispostas entre as macas onde os pacientes são submetidos ao medicamento quimioterápico, que combate o câncer.
Segundo o médico Jamiro Wanderley, da Unicamp, a arte propicia também uma menor incidência de complicações em casos de patologia crônica e a redução nas doses de medicamentos.
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Entenda a arte-terapia
Técnica da arte-terapia é utilizada para amenizar a dor de pacientes
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O uso da arte-terapia é defendido por médicos como uma técnica que pode amenizar o sofrimento de pacientes e reduzir a dor.
A técnica está sendo utilizada no Centro Boldrini como um recurso pediátrico, na tentativa de aliviar a intensidade de dor e a diminuição da ansiedade dos pacientes.
Segundo a psicóloga Elisa Maria Perina, 45, coordenadora do Programa de Cuidados Paliativos e Contra a Dor do Boldrini, a arte-terapia é utilizada principalmente em pacientes com anemia falciforme, cujo estado de saúde é terminal. "Trabalhamos para que, cada vez mais, a arte seja um instrumento eficaz para o tratamento", afirma.
Segundo a médica Cristina Miuki Abe Jacob, 47, do Instituto da Criança da USP, crianças com leucemia, cujo tratamento consiste na colheita do líquor, sofrem antecipadamente com medo da picada nas costas para retirada do material.
"Tínhamos um caso de uma criança que não sorria, não falava e não comia desde que chegou ao hospital. Depois que os 'Doutores da Alegria' chegaram, ela sorriu e deixou a equipe colher o material", afirmou a imunologista.
No caso de adultos, a introdução da arte no tratamento significa carinho e alegria. "O médico não cura a doença, apenas controla. O paciente não pode se deixar derrotar. Se você acha que vai sarar, isso ajuda muito."
A artista plástica Maria Angela Ferreira da Rosa, de Limeira (interior de São Paulo), que abrirá amanhã na Unicamp uma exposição no setor de quimioterapia, disse que vê toda arte como terapia. "É uma luz", afirmou. Ela trabalha como voluntária em hospitais e instituições que trabalham com pacientes crônicos desde o ano passado.
No Hospital de Clínicas da Unicamp, vai expor dez obras, entre esculturas e telas que foram dispostas entre as macas onde os pacientes são submetidos ao medicamento quimioterápico, que combate o câncer.
Segundo o médico Jamiro Wanderley, da Unicamp, a arte propicia também uma menor incidência de complicações em casos de patologia crônica e a redução nas doses de medicamentos.
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