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29/08/2002
-
10h03
da Folha de S.Paulo
Assistir televisão faz mal à saúde. Além de ser uma atividade sedentária, à qual crianças e adolescentes dedicam até mais de cinco horas por dia, induz à ingestão de alimentos gordurosos, que provocam obesidade.
Essa é a conclusão a que chega artigo publicado na edição de junho da "Revista de Saúde Pública", editada pela Universidade de São Paulo, baseado em pesquisa de Sebastião de Sousa Almeida e Paula Carolina Nascimento, do Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto (SP), e Tereza Bolzan Quaioti, da Universidade do Sagrado Coração, de Bauru (SP).
Os pesquisadores analisaram as propagandas veiculadas por três das maiores redes de TV do país entre agosto de 1998 e março de 2000, das 8h às 12h e das 14h às 22h. Entre 3.972 peças exibidas de segunda a sexta, a maioria, 27,47%, era de produtos alimentícios. Outros 304 anúncios da mesma categoria de produtos foram apresentados aos sábados (22,25% do total).
Desses 1.395 anúncios, segundo a pesquisa, 57,8% eram do grupo de gorduras, óleos, açúcares e doces. Outros 21,2% eram de pães, cereais, arroz e massas. Queijos, leites e iogurtes somavam 11,7% e carnes, ovos e leguminosas, 9,3%.
"A pirâmide construída a partir da frequência de veiculação de alimentos na TV difere significativamente da pirâmide considerada ideal. Há, na realidade, uma completa inversão, além da ausência de frutas e vegetais", analisam os estudiosos.
O artigo cita outros estudos que apontam a influência da TV nos hábitos alimentares dos brasileiros. "O problema é que os produtos anunciados não estão de acordo com uma dieta saudável e balanceada", concluem, sugerindo o estudo de medidas para mudar esse quadro. (DC)
TV induz à ingestão de comida gordurosa, revela pesquisa da USP
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Assistir televisão faz mal à saúde. Além de ser uma atividade sedentária, à qual crianças e adolescentes dedicam até mais de cinco horas por dia, induz à ingestão de alimentos gordurosos, que provocam obesidade.
Essa é a conclusão a que chega artigo publicado na edição de junho da "Revista de Saúde Pública", editada pela Universidade de São Paulo, baseado em pesquisa de Sebastião de Sousa Almeida e Paula Carolina Nascimento, do Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto (SP), e Tereza Bolzan Quaioti, da Universidade do Sagrado Coração, de Bauru (SP).
Os pesquisadores analisaram as propagandas veiculadas por três das maiores redes de TV do país entre agosto de 1998 e março de 2000, das 8h às 12h e das 14h às 22h. Entre 3.972 peças exibidas de segunda a sexta, a maioria, 27,47%, era de produtos alimentícios. Outros 304 anúncios da mesma categoria de produtos foram apresentados aos sábados (22,25% do total).
Desses 1.395 anúncios, segundo a pesquisa, 57,8% eram do grupo de gorduras, óleos, açúcares e doces. Outros 21,2% eram de pães, cereais, arroz e massas. Queijos, leites e iogurtes somavam 11,7% e carnes, ovos e leguminosas, 9,3%.
"A pirâmide construída a partir da frequência de veiculação de alimentos na TV difere significativamente da pirâmide considerada ideal. Há, na realidade, uma completa inversão, além da ausência de frutas e vegetais", analisam os estudiosos.
O artigo cita outros estudos que apontam a influência da TV nos hábitos alimentares dos brasileiros. "O problema é que os produtos anunciados não estão de acordo com uma dieta saudável e balanceada", concluem, sugerindo o estudo de medidas para mudar esse quadro. (DC)
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