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26/09/2002 - 10h29

Novo tratamento evita aumento de aneurisma

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GABRIELA SCHEINBERG
free-lance para a Folha

Reduzir o risco de hemorragia é o principal objetivo de um novo tratamento para aneurisma lançado no Brasil na semana passada. A técnica utiliza uma nova substância, o Onyx, que impede o crescimento do aneurismo.

Mais frequente em mulheres, o aneurisma é uma dilatação na parede de uma artéria que, quando rompe, provoca um sangramento intenso, que pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis. Somente um terço das pessoas que têm aneurisma -problema que afeta de 2% a 5% da população mundial- volta a levar uma vida normal.

A técnica com o Onyx pode ser aplicada tanto em pacientes que já tiveram uma primeira hemorragia como em pessoas cujo aneurisma foi identificado antes do rompimento. "É muito difícil diagnosticar o aneurisma antes, mas há casos em que tomografias ou ressonâncias acusam o problema; para esses pacientes, o Onyx pode ser o melhor tratamento", afirma Ronie Leo Piske, neuroradiologista da Beneficência Portuguesa (SP). Segundo ele, o novo produto consegue fechar completamente o aneurisma em 80% dos casos.

O uso do Onyx evita a realização de cirurgias mais complexas, nas quais o crânio precisa ser aberto para o médico atingir o aneurisma. Para injetar o produto, o médico utiliza um procedimento já conhecido: introduz um micro-cateter na virilha do paciente e o guia pelos vasos até chegar ao aneurisma. Todo esse processo é visualizado por meio de um aparelho de angiografia, que funciona como um aparelho de raios X, permitindo ver através dos ossos. Ao ser introduzido no local afetado, o Onyx se solidifica. Isso impede que o sangue entre no aneurisma, o que poderia provocar seu aumento e, consequentemente, uma hemorragia.

Os aneurismas geralmente se desenvolvem no cérebro, onde as artérias têm paredes mais finas, o que facilita a dilatação. O rim é o segundo local mais afetado. A nova técnica funciona em qualquer região. A aplicação do Onyx é feita em hospital e, dependendo do caso, o paciente recebe alta em 48 horas, explica Piske.
 

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