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11/11/2002 - 19h30

Mudança de hábito pode diminuir celulite

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CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S. Paulo

Você está cansada de gastar dinheiro com tratamentos inúteis para celulite? Saiba que se não incluir na sua rotina uma alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos e controle hormonal vai continuar jogando dinheiro fora e nada fará o problema desaparecer.

A celulite, que afeta nove em cada dez mulheres acima de 30 anos, acomete, principalmente, as nádegas e as coxas, e, segundo dermatologistas e cirurgiões plásticos, não tem cura.

O uso de medicamentos fitoterápicos, de cremes redutores, de choques e agulhas pode, no início, até sugerir uma melhora no estado da paciente, mas, sem os cuidados com a saúde, a tendência é que os "buraquinhos" voltem a aparecer, afirmam os médicos.

Os franceses chamam esses procedimentos estéticos de "lua de mel", uma alusão de que, passado o período inicial, tudo voltará à rotina. Em São Paulo, o ciclo de tratamento da celulite, que pode reunir vários desses procedimentos, custa de R$ 800 a R$ 1.500.

"Mesmo que o efeito seja passageiro, é maravilhoso para a nossa auto-estima", diz a jornalista Sueli Menazzi, 46, que fez um tratamento que associou drenagem linfática com mesoterapia, no verão do ano passado, junto com a filha de 27 anos.

Ela diz que repetirá o tratamento neste ano porque a celulite voltou. "Durante o inverno, não consigo resistir aos queijos e ao vinho branco", diz, justificando os "quilinhos" a mais que ganhou.

Segundo a médica Alessandra Haddad de Lima, coordenadora do setor de cosmiatria (cosméticos) e laser da cirurgia plástica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não existe ainda um único tratamento de escolha que sirva para todos os graus de celulite em qualquer indivíduo.

A indicação do tratamento, afirma a médica, depende da avaliação da paciente e do seu histórico (se, por exemplo, tem problemas circulatórios ou hormonais). Se o quadro for leve, a drenagem linfática, a endermologia e a mesoterapia, associadas aos hábitos saudáveis, podem resolver, diz Lima.

Segundo a médica Ediléia Bagatin, do departamento de dermatologia da Unifesp, muitas das suas clientes com celulite nas nádegas, cansadas da ineficácia de alguns tratamentos, estão partindo para métodos mais radicais, como a subcisão e lipoescultura.

A subcisão consiste em separar a pele da gordura com celulite que a traciona usando uma agulha especial,. O procedimento é repetido em cada um dos "buraquinhos", levando em média dois minutos para corrigir cada depressão.

Quando a celulite é mais profunda, Bagatin diz ser necessário associar a subcisão à técnica de lipoescultura. Para isso, é realizada a subcisão e, em seguida, retirada a gordura com celulite usando a técnica de lipoaspiração.

Para preencher o espaço entre a pele liberada e a gordura com celulite, usa-se, geralmente, gordura do culote. O procedimento é feito com anestesia local.

"Mas esses métodos, por serem cirúrgicos, são mais invasivos, não isentos de risco, podendo causar infecções, hematomas e absorção da gordura enxertada, acarretando a volta do quadro", alerta a médica Alessandra Lima.

Segundo a dermatologista Denise Steiner, coordenadora do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a subcisão pode ser uma alternativa para a celulite das nádegas, mas não é indicada se o problema acomete as coxas.

Predisposição genética

Para Steiner, a presença da celulite está especialmente relacionada com predisposição genética. Portanto duas pessoas que tenham os mesmos cuidados com a saúde podem reagir de maneira diferente aos tratamentos.

Alterações hormonais também podem desencadear o distúrbio.

A advogada Ana Carolina Mendes, 34, diz que a celulite das nádegas diminuiu após fazer um tratamento hormonal para corrigir a taxa de estrógeno, mantendo o tratamento estético.

"Parece que desinchei. Até a pele do rosto ficou muito melhor", afirma, anunciando já ter marcado para a próxima semana um novo ciclo de tratamento, ao custo de R$ 1.400.
 

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