Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/03/2003 - 04h10

Tratamento de fobia social envolve remédios e terapia

Publicidade

da Folha de S. Paulo

Uma combinação de antidepressivos e terapia durante um ano, pelo menos, é o tratamento mais indicado para os portadores da fobia social, de acordo com uma pesquisa realizada no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP).

"Sem os medicamentos, os pacientes não conseguem iniciar a terapia e dar prosseguimento às sessões. E, sem a terapia, os remédios não fazem com que o paciente supere as situações desencadeadoras da fobia", diz o psiquiatra Márcio Bernik, um dos autores do estudo.

A fobia social é um transtorno de ansiedade com uma base biológica muito definida: um distúrbio no neurotransmissor chamado serotonina, responsável por transmitir impulsos nervosos de uma célula para outra.

Nos portadores do transtorno, essa substância funciona em nível inferior ao normal. Para corrigir essa disfunção, é recomendável o uso de dois tipos de antidepressivo: os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) e os inibidores de recaptação da serotonina (ISRSs).

Por serem mais caros e com maior risco de causar efeitos colaterais, além de imporem ao paciente uma dieta alimentar bastante restrita, os IMAOs são utilizados em poucos casos _ apenas nos mais graves.

Os antidepressivos receitados mais frequentemente são os ISRSs, que têm como substância ativa a paroxetina, a fluoxetina ou a sertralina. O Prozac e o Zoloft são exemplos desse tipo de medicamento. Todos eles harmonizam os níveis de serotonina no cérebro, aliviando os sintomas causados pela ansiedade social.

"Com os sintomas mais controlados, a terapia é essencial. É ela que ajuda o fóbico a mudar seu comportamento, reagindo de maneira diferente a estímulos e situações antes temíveis e ameaçadoras", explica Bernick.

De acordo com a pesquisa do psiquiatra, o tipo de terapia que tem se mostrado mais eficaz no tratamento da fobia social é a terapia comportamental cognitiva em grupo, que procura modificar a forma de pensamento e, consequentemente, o comportamento do paciente.

Durante a terapia, o paciente é encorajado a enfrentar as situações que lhe causam temor e a relaxar nos momentos de pânico, aprendendo a retomar o contato com as outras pessoas.

Nas sessões em grupo, a auto-afirmação do fóbico também é trabalhada, com o objetivo de melhorar a auto-estima e reduzir o medo de ser criticado ou apenas observado.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página