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06/07/2003 - 04h53

Musicoterapeuta vira "porta-voz" de jovem após dano

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da Folha de S.Paulo

"Ele pode largar tudo, menos a Lilian", diz Wanda Braga Laranjeira sobre a afeição que seu sobrinho Thiago Braga, 24, sente por sua musicoterapeuta.

Em dezembro de 94, Braga, então com 16 anos, foi a um clube jogar futebol. Numa dividida, o queixo de seu amigo acertou-o na face. No mesmo dia, ele entrou no coma que iria durar cerca de três meses e meio.

Foi durante o coma que a musicoterapeuta Lilian Engelmann Coelho, 37, começou a atendê-lo. A primeira manifestação dele durante esse período ocorreu quando, a pedido de Coelho, a tia cantou uma música infantil. Braga virou o rosto para ela e uma lágrima escorreu, conta Laranjeira, emocionada.

Coelho diz que ela e Braga já criaram 504 músicas, por meio das quais ele fala de seus conflitos e de sua vida. "É como se eu fosse uma espécie de porta-voz dele."

Apesar de o acidente tê-lo deixado tetraplégico, disfásico (distúrbio de fala) e disfágico (dificuldade de deglutição), entre outros problemas, Braga não teve sua intelectualidade comprometida.

O musicoterapeuta Renato Tocantins Sampaio, 30, da Associação de Profissionais e Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo (Apemesp), diz que o tratamento abrange diversas áreas. Atua tanto com gestantes como com pacientes em coma. Segundo ele, a área hospitalar é uma das que mais crescem no país.

Apesar de a profissão não ser regulamentada --já há projeto em discussão--, a graduação em musicoterapia é reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação).
 

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