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13/07/2003
-
05h09
da Folha de S.Paulo
Um diário, mesmo que informal, é o primeiro passo para verificar se o sofrimento psíquico tem relação com os períodos de oscilação dos hormônios.
Os ginecologistas podem fornecer tabelas que servem para monitoramento de sintomas como tristeza, raiva, dificuldade de relacionamento durante o pré-menstrual e perimenopausa. Mesmo quem não tiver acesso pode apenas anotar sensações para ajudar no diagnóstico. O importante é não desprezar os sintomas.
"Só esse processo de fazer o diário já é super terapêutico. A mulher entende a si mesma", diz o psiquiatra Cláudio Soares.
Cruzando relatos com as datas é possível separar o que é depressão de base, sem relação com os hormônios, o que pode ser uma resposta às oscilações, o que são queixas leves, que mudanças de hábito de vida poderiam solucionar. Entre as opções de tratamento, a psicoterapia, remédios que aliviam sintomas físicos e psíquicos, antidepressivos, terapia com hormônios.
"É importante "cavar", ver o que há por trás da queixa. Mas existe um limite além do qual o ginecologista não pode ir", opina Hans Halbe, chefe do setor de Ginecologia Endócrina do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Por exemplo, se o diário mostrar que sintomas depressivos graves persistem durante todo o mês é hora de o caso seguir para o psiquiatra.
É claro que não só a questão hormonal explica determinadas alterações.
Problemas de relacionamento, outras doenças e de adaptação social também podem estar por trás de queixas psíquicas das mulheres.
Para a ginecologista Rosana Simões, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o ginecologista, "porta de entrada" da mulher no sistema de saúde, deve estar aberto para ouvir todas as queixas. "Muitas vezes só é necessário dar uma informação mais detalhada, conversar", opina.
Simões criou grupos de convivência para pacientes que antes ficavam à toa na sala de espera. "É bom que partilhem seus sentimentos com os outros", diz a médica, que trabalha principalmente com mulheres no climatério.
Médico recomenda "anotar sensações" da depressão
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Um diário, mesmo que informal, é o primeiro passo para verificar se o sofrimento psíquico tem relação com os períodos de oscilação dos hormônios.
Os ginecologistas podem fornecer tabelas que servem para monitoramento de sintomas como tristeza, raiva, dificuldade de relacionamento durante o pré-menstrual e perimenopausa. Mesmo quem não tiver acesso pode apenas anotar sensações para ajudar no diagnóstico. O importante é não desprezar os sintomas.
"Só esse processo de fazer o diário já é super terapêutico. A mulher entende a si mesma", diz o psiquiatra Cláudio Soares.
Cruzando relatos com as datas é possível separar o que é depressão de base, sem relação com os hormônios, o que pode ser uma resposta às oscilações, o que são queixas leves, que mudanças de hábito de vida poderiam solucionar. Entre as opções de tratamento, a psicoterapia, remédios que aliviam sintomas físicos e psíquicos, antidepressivos, terapia com hormônios.
"É importante "cavar", ver o que há por trás da queixa. Mas existe um limite além do qual o ginecologista não pode ir", opina Hans Halbe, chefe do setor de Ginecologia Endócrina do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Por exemplo, se o diário mostrar que sintomas depressivos graves persistem durante todo o mês é hora de o caso seguir para o psiquiatra.
É claro que não só a questão hormonal explica determinadas alterações.
Problemas de relacionamento, outras doenças e de adaptação social também podem estar por trás de queixas psíquicas das mulheres.
Para a ginecologista Rosana Simões, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o ginecologista, "porta de entrada" da mulher no sistema de saúde, deve estar aberto para ouvir todas as queixas. "Muitas vezes só é necessário dar uma informação mais detalhada, conversar", opina.
Simões criou grupos de convivência para pacientes que antes ficavam à toa na sala de espera. "É bom que partilhem seus sentimentos com os outros", diz a médica, que trabalha principalmente com mulheres no climatério.
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