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08/07/2004 - 07h34

Remédio em pó é opção para bebês asmáticos

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KARINA KLINGER
free-lance para a Folha

No lugar de inaladores e comprimidos, um pó que pode ser misturado a papinhas ou sucos e colocado até na mamadeira. Já utilizado para tratar a asma dos mais velhos, o montelucaste sódico chega ao Brasil em nova versão, desenvolvida especialmente para crianças de seis meses a dois anos de idade.

Nessa faixa etária, o tratamento disponível até agora restringia-se aos corticóides, geralmente aplicados por meio de inalação. "O montelucaste sódico em pó facilita a vida dos pais, já que a inalação em bebês é complicada e envolve o uso de um espaçador, aparelho que facilita a entrada do medicamento nas vias aéreas", diz o pediatra Bernardo Kiertsman, chefe do Setor de Pneumologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo.

A asma é uma inflamação das vias respiratórias que causa sintomas como chiado no peito, falta de ar e tosse. Indicado para asma de grau leve a moderado, o montelucaste sódico faz parte de um grupo de drogas, chamado de antileucotrienos, que age sobre essa inflamação.

De acordo com a alergista infantil Maria Cândida Rizzo, professora e pesquisadora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o remédio reduz a freqüência e a intensidade das crises porque bloqueia a ação dos leucotrienos, substâncias que provocam a inflamação das vias aéreas. "É um benefício importante para a qualidade de vida das crianças asmáticas, que apresentam o triplo de hospitalizações e o dobro de passagens por serviços de emergência", afirma Kiertsman.

Embora ainda sejam a primeira escolha dos médicos para os casos de asma, os corticóides podem apresentar efeitos colaterais, principalmente quando são utilizados por períodos mais longos. Entre esses efeitos estão desaceleração do crescimento no início do tratamento, aumento da pressão arterial e descalcificação óssea. "A grande vantagem dos antileucotrienos consiste na facilidade de administração por via oral e na quase ausência de reações adversas", afirma Rizzo. A especialista alerta, porém, que a resposta do paciente aos antileucotrienos varia, pois a quantidade de leucotrienos liberada pelo organismo difere de pessoa para pessoa.

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