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06/09/2001 - 12h26

"Hoje em dia, temos muita ejaculação e pouco orgasmo", diz professor

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da Folha de S.Paulo

Eros, o deus do amor, pede intimidade entre os casais, não acrobacias. Técnicas sexuais desprovidas de sentimento produzem prazeres físicos superficiais e efêmeros. Não chegam a tocar a alma, como pede Eros.

"Hoje em dia, temos muita ejaculação e pouco orgasmo", comenta o professor de filosofia da PUC de São Paulo Antônio José Romera Valverde.

Não é preciso tanta preocupação com o desempenho sexual, garantem os estudiosos de Eros.

O deus do amor é brincalhão, leva tudo no bom humor, inclusive os fracassos, e se diverte muito com carícias simples. Ele não tem pressa nem ansiedade, e reconquistá-lo é bem mais fácil do que se imagina, diz o cientista social e terapeuta corporal André Valente de Barros Barreto.

"Tome um banho gostoso, vista uma roupa agradável, deixe o ambiente à meia-luz e faça tudo com o parceiro, menos a penetração. Não siga nenhum roteiro. Apenas explore o corpo do outro como se fosse um grande parque de diversões", sugere ele.

Para o teólogo e pensador norte-americano Thomas Moore, sexo erótico é o sexo que alia os prazeres proporcionados pelo toque, pelo cheiro, pela visão e pelo som a sentimentos de amor, de paz emocional e de profunda amizade. A amizade, aliás, é a grande aliada de Eros, diz Moore. Amantes que são também amigos têm laços mais profundos quando fazem amor.

Eles conhecem a alma do parceiro, sabem o que encanta a imaginação do outro e sempre têm algo a dizer antes, durante e depois do sexo. A amizade também inspira os carinhos depois do orgasmo, mantendo vivo o afeto.

É importante lembrar que o prazer sexual não está desligado dos outros prazeres de Eros. Um dia-a-dia tenso e cheio de conflitos afasta o deus do amor, enquanto uma vida recheada de afeto, de respeito ao outro, de imaginação e de amor pelo trabalho e pela casa cria um ambiente harmonioso e descontraído que convida à intimidade e à troca de carinho.

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