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24/03/2005 - 09h17

Dança também é encontrada fora das academias

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ESTANISLAU DE FREITAS
Colaboração para a Folha

Para a diretora de marketing Nina Sander, 25, e para a estudante Nathamy Zelli Mendes, 17, conta ainda o fator "preguiça de ir à academia". "Procurava alguma coisa diferente da academia", conta Nina, que há um mês e meio trocou o boxe e a musculação pela dança indiana. "Buscava um outro lado. Essa dança me traz uma paz interior muito grande", afirma.

Segundo ela, pelo estilo lento e introspectivo da dança, hoje está mais consciente de seu corpo e mais equilibrada. "Cada vez que termino a aula, parece que fiz uma longa prática de ioga dançando", conta.
Para balancear, em outros dias da semana Nina cai no forró e nos ritmos caribenhos na aula de danças de salão. "Dançando eu espanto todos os males e me 'desestresso' totalmente", diz.

"Além disso, não é aquela coisa repetitiva de academia. Hoje estou mais calma e muito consciente do meu limite físico e tento me superar", completa.

A estudante Nathamy também diz que foi a mesmice da academia que a levou para a dança de salão. "Já passei por todas as academias perto da minha casa. Academia é muito repetitiva, na dança eu relaxo, esqueço de tudo", afirma.

O ano nem bem começou e a garota já sente o estresse do vestibular. Aluna de cursinho, Nathamy sonha com uma vaga na Faculdade de Direito da USP. "A pressão já é enorme. Imagina quando estiver chegando perto", diz. "Só dançando para esquecer."

Além disso, há o fator estético. Quando começou as aulas, a estudante, de 1,60 m de altura, pesava 73 quilos. Após um ano e meio de axé, street dance, salsa, merengue, zouk, pagode, gafieira, forró e bolero, lá se foram dez quilos. Hoje toda a família dança: o pai, de 53 anos, a mãe, de 49, e até a irmã mais nova, de 10.

Segundo o professor da Unifesp, há uma tendência de as pessoas procurarem exercícios alternativos atrás de diversão. É por isso também que as academias estão sempre inventando novidades, senão as pessoas enjoam. "O exercício ideal é o que você gosta de fazer. É aquele pelo qual você espera a hora de fazer, você espera o dia da semana."

Para quem vai começar a se exercitar ou quer trocar de modalidade, vale o velho conselho de procurar antes uma avaliação médica completa.

Segundo os médicos, a dança é uma modalidade de exercícios sem contra-indicações. Quem se profissionaliza, no entanto, e torna a dança uma atividade diária intensa, deve tomar muito cuidado, especialmente com os joelhos, muito forçados por dançarinos de axé, forró e frevo e pelos bailarinos clássicos.

O fisiologista dá mais uma dica para quem quer melhorar a performance, manter a forma e o condicionamento físico: dançar com um medidor de freqüência cardíaca. "É bom dosar a intensidade, para não puxar demais nem de menos", orienta. O ideal é tentar chegar à "zona alvo de freqüência cardíaca". Segundo o médico, é o intervalo de batimentos que traz uma boa performance fisiológica sem pôr o coração em risco.

O cálculo para saber a "zona alvo de freqüência cardíaca" é fácil: basta subtrair a idade de 220. A zona alvo de batimentos varia entre 70% e 85% do resultado da subtração.

Um indivíduo de 40 anos, por exemplo, terá 180 como resultado da subtração e uma zona alvo de 126 a 153 batimentos cardíacos.

ONDE DANÇAR
Estúdio Bia Ocugne Movimentos Integrativos (al. Gabriel Monteiro da Silva, 436, São Paulo, tel. 0/xx/11/ 3064-5049)
Estúdio de Dança Glória Ibarra (r. da Mooca, 2.343, São Paulo, tel. 0/xx/ 11/ 6618-4832)
Escola de Dança Celso Vieira (av. Dom Pedro 1º, 1.145, São Paulo, tel. 0/xx/ 11/ 6161-5652)
Fórmula Academia (shopping Market Place - av. Dr. Chucri Zaidan, 902, São Paulo, tel. 0/xx/11/5181-9338; shopping Eldorado - av. Rebouças, 3.970, São Paulo, tel. 0/xx/11/3094-3100)
Jaime Arôxa (av. Vereador José Diniz, 4.014, São Paulo, tel. 0/xx/11/ 5561-2662)
 

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