Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/09/2001 - 15h23

Realidade virtual tira paranóia de quem passou por situações violentas

Publicidade

ALEXANDRE VERSIGNASSI
da Folha de S.Paulo

Com tudo o que aconteceu nos EUA, coisas para as quais ninguém ligava muito viraram motivo de paranóia. Pegar avião tornou-se algo tão barra-pesada quanto tomar um ônibus Brasilândia-Capão Redondo de madrugada. E prédio alto, então? Melhor nem passar perto.

Bom, se para quem viu os ataques pela TV a coisa já foi pesada, fica difícil imaginar como se sentiu de fato o pessoal que estava lá, bem perto, ou mesmo conceber o que acontece com a cabeça de quem já passou por situações parecidas.

Mesmo para terapeutas que eventualmente venham a tratar algumas dessas pessoas, não é fácil. Por isso alguns têm usado uma ferramenta nova de tratamento: sessões de realidade virtual.

Nelas, o paciente usa um daqueles capacetes com visor, fica em uma cadeira que se mexe e coisa e tal. Então, é simulado o ambiente em que ele sofreu o trauma.

Aí o terapeuta vai conversando com a pessoa enquanto ela "vivencia" a situação ruim de novo -seja uma viagem de avião seja uma guerra. Segundo psicólogos, o sistema dá resultados positivos.

O engraçado é que surgem novas aplicações para uma tecnologia enquanto outras ainda são usadas de forma medieval. É o caso da TV.

Olha só: no dia do terror todo, aquele "Fala que Eu Te Escuto", da Record, mostrava nova-iorquinos correndo e sangrando enquanto um narrador com voz de horror-trash perguntava: "Você acha que vale a pena arriscar sua vida em outros países?". Tudo como se o mundo estivesse acabando de fato. Dessa "realidade virtual", enfim, ninguém precisa.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página