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02/03/2007
-
11h00
DENISE MOTA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
"Coma e deixe comer." Nessa simples máxima, que contraria os mandamentos diet, light, anticolesterol, antigordura e congêneres dos tempos modernos, reside não só o prazer mas também a saúde das refeições, sentencia o sociólogo Barry Glassner, autor de "The Gospel of Food" (O evangelho da comida), livro lançado nos EUA e em negociação para sair no Brasil.
Alarmado com a disseminação do que chama de "o evangelho do nada" na sociedade norte-americana --devido à crescente valorização dos alimentos pelo que eles deixam de ter mais do que pelo que realmente contêm-- e definitivamente convencido de que havia algo de errado em seus conterrâneos depois de, em um aniversário, ter de engolir um bolo sem ovos, açúcar, manteiga, leite e farinha, Glassner decidiu investigar por que comer nos Estados Unidos virou, em suas palavras, um ato de culpa.
Após uma rotina de fast-food, foie gras, orgânicos, tacos e o que mais lhe convidassem para degustar e depois de vasculhar cozinhas badaladas e obscuras, folhetos e conferências de ativistas, intermináveis estudos e o próprio estômago, a única --e polêmica-- conclusão a que o autor chegou está logo no subtítulo do livro: "Tudo o que você acha que sabe sobre comida está errado".
Professor de sociologia na University of Southern California, o pesquisador tem um apreço especial pelo universo gastronômico. Além de habitué de restaurantes dos mais diversos calibres, seu primeiro carro foi comprado nos tempos de faculdade graças à alta das ações da rede de lanchonetes Taco Bell, nas quais havia investido.
O mesmo apetite demonstra em relação ao cardápio de neuroses que parecem multiplicar-se à velocidade da luz entre os norte-americanos. "Cada sociedade tem suas preferências e proibições alimentares, em geral ditadas por ensinamentos religiosos. A diferença hoje é que, para um enorme número de pessoas, comer é uma religião", escreve Glassner.
Em 1999, seu "The Culture of Fear" sustentava que se havia construído nos EUA modos de ver a vida e o outro baseados no medo. Sobre esse tema, foi um dos entrevistados do cineasta Michael Moore em "Tiros em Columbine" (2002).
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Professor afirma que é possível consumir tudo o que dá prazer
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"Coma e deixe comer." Nessa simples máxima, que contraria os mandamentos diet, light, anticolesterol, antigordura e congêneres dos tempos modernos, reside não só o prazer mas também a saúde das refeições, sentencia o sociólogo Barry Glassner, autor de "The Gospel of Food" (O evangelho da comida), livro lançado nos EUA e em negociação para sair no Brasil.
Celel Teber/Stockxpert |
Segundo Glasner, o fast food não pode ser considerado vilão se consumido às vezes |
Após uma rotina de fast-food, foie gras, orgânicos, tacos e o que mais lhe convidassem para degustar e depois de vasculhar cozinhas badaladas e obscuras, folhetos e conferências de ativistas, intermináveis estudos e o próprio estômago, a única --e polêmica-- conclusão a que o autor chegou está logo no subtítulo do livro: "Tudo o que você acha que sabe sobre comida está errado".
Professor de sociologia na University of Southern California, o pesquisador tem um apreço especial pelo universo gastronômico. Além de habitué de restaurantes dos mais diversos calibres, seu primeiro carro foi comprado nos tempos de faculdade graças à alta das ações da rede de lanchonetes Taco Bell, nas quais havia investido.
O mesmo apetite demonstra em relação ao cardápio de neuroses que parecem multiplicar-se à velocidade da luz entre os norte-americanos. "Cada sociedade tem suas preferências e proibições alimentares, em geral ditadas por ensinamentos religiosos. A diferença hoje é que, para um enorme número de pessoas, comer é uma religião", escreve Glassner.
Em 1999, seu "The Culture of Fear" sustentava que se havia construído nos EUA modos de ver a vida e o outro baseados no medo. Sobre esse tema, foi um dos entrevistados do cineasta Michael Moore em "Tiros em Columbine" (2002).
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