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07/12/2001 - 16h59

Curiosidade leva homens e mulheres à Erótika Fair, em São Paulo

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JANAINA FIDALGO
da Folha Online

Homens vão à procura de diversão e mulheres em busca de recursos para aquecer o relacionamento. Mesmo com objetivos diferentes, o espaço de encontro é o mesmo: a Erótika Fair, que, em sua sexta edição, espera receber mais de 50 mil visitantes até a próxima terça-feira (11).

Se as intenções são distintas, um ingrediente fundamental aproxima o público que visita a feira: a curiosidade. É o caso da assistente comercial Tatiana Sposito, 24, que foi à Erótika Fair na quinta-feira passada, quando a feira abriu para o público, acompanhada de duas amigas.

Rogério Cassimiro
A assistente comercial Tatiana Sposito
"Vim por curiosidade, para saber como é uma feira erótica. Não criei expectativas, mas estou achando interessante. Para quem está acostumada com outros tipos de feira, como a de utilidades domésticas ou com a de cosméticos, é bem diferente", disse Tatiana.

Para o sexólogo Jairo Bouer, colunista da Folha, a grande procura por feiras deste tipo é motivada principalmente pelo desejo de concretizar fantasias. "O importante é que as pessoas vivam bem sua sexualidade. A fantasia só é positiva ser for um elemento. Não pode tomar conta de tudo e precisa ser compartilhada, feita de comum acordo. O que não pode é depender da fantasia para chegar lá", disse.

Rogério Cassimiro
A expositora Iris Cunha
Para Iris Cunha, que expõe produtos num dos estandes da Erótika Fair, a maioria do público frequenta a feira por curiosidade e para atualizar os "conhecimentos" sexuais. "As pessoas querem sair do trivial, do arroz com feijão. Pretendem criar uma nova expectativa no relacionamento. Mas a mulher procura mais. O homem é inibido. Enquanto elas querem estimular a relação com novidades, eles procuram essas coisas diferentes fora do relacionamento", afirmou a expositora.

Rogério Cassimiro
O advogado Luiz Amaral
Atraído pelos shows de striptease e pelas performances em grupo, o advogado Luiz Amaral, 26, decidiu visitar a feira pela primeira vez. "É tudo uma surpresa. Vim com a galera para ver o que acontece. Estou na expectativa dos shows porque quem já veio disse que rolam várias coisas", afirmou.

No limite da normalidade

O presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, Nelson Vitiello, vê com certa preocupação a superexposição da sexualidade humana. "Fala-se muito das coisas relacionadas à sexualidade, mas compreende-se pouco. É comum as pessoas serem liberais no discurso, mas repressoras na prática. A preocupação vem do exagero. A sexualidade está sendo banalizada e, para a maioria dos adultos, sexo ainda é uma coisa suja, errada, sacana e pecaminosa", disse.

Vitiello não vê problemas em feiras como a Erótika nem na procura por recursos para estimular a sexualidade, mas salienta a necessidade de distinguir o que é "incomum". "O exercício da sexualidade prazerosa é aquela cercada de afetividade. Sexo é sempre prazeroso, mas obviamente quando há afeto e a intensidade do prazer é muito maior", afirmou.

De acordo com Vitiello, nos últimos anos cresceu o número de pessoas com disfunções de desejo. Em 1994, 5% dos homens e 8% das mulheres sofriam deste tipo de disfunção. Em 2000, a falta de desejo atinge 22% dos homens e 26% das mulheres.

6ª Erótika Fair
Quando:
até terça-feira, dia 11, das 15h às 23h
Onde: Galpão Fábrica (av. Francisco Matarazzo, 530 - Barra Funda)
Quanto: R$ 15 (maiores de 65 anos não pagam)
Informações: www.erotikafantasy.com.br

Leia mais:
  • Produtos ficam de lado e feira erótica vira ponto-de-encontro


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