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14/01/2002
-
11h35
da Folha de S.Paulo
Não são apenas os jovens que atuam como voluntários que vêem mudar sua experiência de convívio social. Aqueles que recebem ajuda também acabam usando o que aprenderam para mudar a realidade em que vivem.
Os irmãos gêmeos José Eduardo e Carlos Henrique Gratão, 16, moram na zona sul de São Paulo e procuraram a Casa dos Meninos do Parque Santo Antônio para conseguirem uma qualificação como agentes multiplicadores de conhecimento na região. Quase todos os dias, depois da escola, eles passam cerca de quatro horas na casa, onde fazem cursos.
No ano passado, eles participaram do Projeto Agente Jovem, uma parceria dos governos federal e estadual para promover a cidadania.
Nesse projeto, fizeram uma cartilha para divulgar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e ajudaram na reforma da Casa dos Meninos.
Mas, mesmo antes de ingressar no projeto, os gêmeos já tinham consciência da importância de participação social e, à maneira deles, já ajudavam a capacitar outros jovens da região.
Apaixonados por informática desde que o pai deles comprou um computador, há seis anos, eles resolveram dividir o que sabiam. Autodidatas, eles passaram a dar aulas de Windows, Word e Excel para alunos de escolas da região, como a Otoniel Motta, no Jardim São Luís.
Hoje os gêmeos se dedicam aos projetos do Agente Jovem, que esperam continuar no ano que vem, com a criação de uma cooperativa. Enquanto isso, estudam e trabalham em casa, fazendo cartão de visita e montando computadores.
Sobre as aulas que dava, José Eduardo comenta: "Minha auto-estima melhorou. Colaborei com o pessoal e ainda multipliquei o meu conhecimento".
Na Brasilândia, outra região crítica da cidade em termos de violência e oportunidades, na zona norte da capital, os amigos Ivan da Silva, 20, e Luiz Flávio Alves e Lima, 18, participaram de um curso do Instituto Sou da Paz para se tornarem agentes sociais no bairro e hoje estão à frente de seu próprio projeto.
Em 2001, eles participaram da criação de duas cartilhas sobre reciclagem de lixo. Uma delas, intitulada "Guerreiros da Reciclagem", não pôde ser aproveitada por que foi considerada violenta.
Apesar de não ter sido publicada, a cartilha serviu para chamar a atenção do cartunista Laerte, que se comprometeu a ajudar a dupla na criação de uma revista em quadrinhos de humor.
Ivan e Luiz se juntaram com dois amigos do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, e já têm algumas histórias para a primeira edição. Mas ainda buscam mais desenhistas para confeccionar o primeiro número.
Quem quiser mandar seus trabalhos para eles pode entrar em contato através do e-mail atitudeubaldo@globo.com ou pelo tel. 0/xx/11/3921-7863.
Paralelamente à produção da revista, os dois alugaram uma sala onde dão cursos de desenho para garotos do bairro.
Mesmo sem se engajar em projetos próprios, o contato com voluntários dá novas esperanças. Tendo aulas de balé há dois anos no projeto Corpo e Alma, a estudante Flávia Nunes de Macedo, 11, também teve sua vida modificada. Sem ter acesso a opções de lazer, ela conta que, com as aulas, ganhou um sonho."Antes de começar a dançar balé eu não fazia nada. Ficava em casa vendo TV. Agora quero ser bailarina", diz.
Leia mais:
Jovens voluntários dão exemplos de cidadania
Quem recebe ajuda também expande a rede de solidariedade
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Não são apenas os jovens que atuam como voluntários que vêem mudar sua experiência de convívio social. Aqueles que recebem ajuda também acabam usando o que aprenderam para mudar a realidade em que vivem.
Os irmãos gêmeos José Eduardo e Carlos Henrique Gratão, 16, moram na zona sul de São Paulo e procuraram a Casa dos Meninos do Parque Santo Antônio para conseguirem uma qualificação como agentes multiplicadores de conhecimento na região. Quase todos os dias, depois da escola, eles passam cerca de quatro horas na casa, onde fazem cursos.
No ano passado, eles participaram do Projeto Agente Jovem, uma parceria dos governos federal e estadual para promover a cidadania.
Nesse projeto, fizeram uma cartilha para divulgar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e ajudaram na reforma da Casa dos Meninos.
Mas, mesmo antes de ingressar no projeto, os gêmeos já tinham consciência da importância de participação social e, à maneira deles, já ajudavam a capacitar outros jovens da região.
Apaixonados por informática desde que o pai deles comprou um computador, há seis anos, eles resolveram dividir o que sabiam. Autodidatas, eles passaram a dar aulas de Windows, Word e Excel para alunos de escolas da região, como a Otoniel Motta, no Jardim São Luís.
Hoje os gêmeos se dedicam aos projetos do Agente Jovem, que esperam continuar no ano que vem, com a criação de uma cooperativa. Enquanto isso, estudam e trabalham em casa, fazendo cartão de visita e montando computadores.
Sobre as aulas que dava, José Eduardo comenta: "Minha auto-estima melhorou. Colaborei com o pessoal e ainda multipliquei o meu conhecimento".
Na Brasilândia, outra região crítica da cidade em termos de violência e oportunidades, na zona norte da capital, os amigos Ivan da Silva, 20, e Luiz Flávio Alves e Lima, 18, participaram de um curso do Instituto Sou da Paz para se tornarem agentes sociais no bairro e hoje estão à frente de seu próprio projeto.
Em 2001, eles participaram da criação de duas cartilhas sobre reciclagem de lixo. Uma delas, intitulada "Guerreiros da Reciclagem", não pôde ser aproveitada por que foi considerada violenta.
Apesar de não ter sido publicada, a cartilha serviu para chamar a atenção do cartunista Laerte, que se comprometeu a ajudar a dupla na criação de uma revista em quadrinhos de humor.
Ivan e Luiz se juntaram com dois amigos do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, e já têm algumas histórias para a primeira edição. Mas ainda buscam mais desenhistas para confeccionar o primeiro número.
Quem quiser mandar seus trabalhos para eles pode entrar em contato através do e-mail atitudeubaldo@globo.com ou pelo tel. 0/xx/11/3921-7863.
Paralelamente à produção da revista, os dois alugaram uma sala onde dão cursos de desenho para garotos do bairro.
Mesmo sem se engajar em projetos próprios, o contato com voluntários dá novas esperanças. Tendo aulas de balé há dois anos no projeto Corpo e Alma, a estudante Flávia Nunes de Macedo, 11, também teve sua vida modificada. Sem ter acesso a opções de lazer, ela conta que, com as aulas, ganhou um sonho."Antes de começar a dançar balé eu não fazia nada. Ficava em casa vendo TV. Agora quero ser bailarina", diz.
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