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24/01/2002 - 09h19

Alimentos com selo Funcor fazem bem ao coração

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SERGIO VILAS BOAS
da Folha de S.Paulo

Na Europa e nos Estados Unidos, eles são mais comuns e costumam orientar a escolha dos consumidores. No Brasil, porém, há apenas um certificado para alimentos que leva a assinatura de médicos. É o selo do Fundo do Coração (Funcor), órgão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

riado há dez anos, o selo SBC-Funcor é fornecido a produtos industrializados que são saudáveis para o coração.

Um iogurte ou um pão integral com esse certificado não é necessariamente mais saboroso que outro produto similar sem o selo.

"O selo indica que o alimento é recomendável porque contribui para prevenir um dos principais fatores de risco das doenças cardiovasculares, que é o hábito alimentar", explica o cardiologista Max Grinberg, da SBC-Funcor.

Os demais fatores de risco são predisposição genética, tabagismo, estresse, diabetes e sedentarismo.

A SBC-Funcor concedeu o selo a panelas com revestimento antiaderente (Teflon e T-Fal), que precisam de pouca ou nenhuma gordura para o preparo das refeições, e a vários tipos de alimentos, entre eles margarinas, sucos e leites.

Eles foram aprovados porque possuem baixo valor calórico ou contêm baixo teor de pelo menos um desses componentes: gordura (poliinsaturada, saturada ou monoinsaturada), colesterol, sódio e potássio.

Altos índices de gordura no sangue aumentam o risco de doenças cardiovasculares, primeira causa de mortes naturais no Brasil.

Só as doenças relacionadas a hipertensão arterial, das quais o sal é um dos maiores inimigos, atingem 20% da população. "Não certificamos um alimento com percentual zero de gordura, por exemplo, se ele contiver muito sal", afirma Grinberg.

Nos supermercados, os selos deveriam funcionar como uma espécie de bússola para os consumidores.

Mas, segundo os cardiologistas, as pessoas não costumam prestar atenção aos porquês da presença do selo Funcor nas embalagens. "O selo pode não estar se referindo a todas as substâncias contidas no alimento, e sim a uma ou algumas características daquele produto", explica Grinberg.

A SBC-Funcor fornece sete tipos de selo para alimentos, conforme os resultados laboratoriais apresentados pelas empresas que submetem seus produtos para análise.

Abaixo do logotipo do selo vem a descrição de quais baixos teores o produto apresenta -se calorias, gordura total, gorduras saturadas, sódio ou colesterol, por exemplo.

O único alto teor que ganha certificado é o de fibras. Segundo Grinberg, as fibras ajudam a reduzir a absorção de gordura pelo organismo.

Sob controle
O comitê do selo da SBC-Funcor controla, direta ou indiretamente, todas as etapas do processo de certificação. As empresas interessadas enviam o produto, o registro no Ministério da Saúde, as informações sobre a composição nutricional -aquelas que, geralmente, vêm impressas no rótulo- e as análises qualitativas, nas quais são detalhados os tipos de nutriente e suas origens.

Os produtos são encaminhados para laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde ou indicados pela SBC. As próprias empresas arcam com essas despesas. Os laboratórios emitem laudos que serão avaliados por nutricionistas da entidade.

"Os padrões de verificação são atualizados anualmente e assemelham-se aos adotados pela Associação Americana do Coração e por outras instituições internacionais", afirma o cardiologista Ari Timerman, da SBC-Funcor.

O comitê de certificação pode, a partir da avaliação do produto, sugerir o acréscimo de informações nos rótulos ou alterações para orientar melhor o consumidor.

Alimentos industrializados que contenham qualquer substância nociva ao corpo, mesmo que não prejudique o coração, são rejeitados automaticamente. "Além disso, nenhuma propaganda pode ser feita sem a aprovação da SBC-Funcor", afirma Grinberg.

Leia mais:

  • Saiba quais são os alimentos com selo SBC-Funcor

  • Educação alimentar começa na infância




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