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31/01/2002
-
10h09
da Folha de S.Paulo
Atingir o orgasmo ao mesmo tempo que o parceiro é um acontecimento tão especial quanto raro. Cerca de 35% dos casais alimentam uma série de ilusões sobre o orgasmo simultâneo.
"Na maioria dos casos, não conseguem e mentem um para o outro", diz psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade.
O orgasmo simultâneo exige sintonia, experiência, controle da excitação e alguma comunicação verbal ou gestual. Mas, segundo os pesquisadores, os parceiros estão muito mais preocupados consigo mesmos.
Grande parte da responsabilidade pelo sucesso -ou pelo fracasso- da operação é transferida para o outro. Hoje, gozar e levar a outra pessoa ao gozo são imperativos, afirmam os sexólogos.
Os indivíduos precisam dessa certeza para provar para si mesmos e para os outros que seus relacionamentos afetivos vão bem. "Há muita hipocrisia em torno disso", afirma o sexólogo Gerson Pereira Lopes.
"Quanto mais egoístas são os parceiros, mais eles fingem que chegaram ao orgasmo."
Sucessivos fracassos na busca do orgasmo simultâneo causam angústias às vezes injustificáveis. Psicólogos e psiquiatras são procurados por casais que se acham incomuns porque não conseguem atingir esse objetivo. "Não se deve dar importância exagerada ao orgasmo simultâneo.
A intensidade do prazer depende do tempo de privação sexual e da qualidade do estímulo erótico", explica o sexólogo Ricardo Cavalcanti.
Orgasmo simultâneo é especial, mas raro
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Atingir o orgasmo ao mesmo tempo que o parceiro é um acontecimento tão especial quanto raro. Cerca de 35% dos casais alimentam uma série de ilusões sobre o orgasmo simultâneo.
"Na maioria dos casos, não conseguem e mentem um para o outro", diz psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade.
O orgasmo simultâneo exige sintonia, experiência, controle da excitação e alguma comunicação verbal ou gestual. Mas, segundo os pesquisadores, os parceiros estão muito mais preocupados consigo mesmos.
Grande parte da responsabilidade pelo sucesso -ou pelo fracasso- da operação é transferida para o outro. Hoje, gozar e levar a outra pessoa ao gozo são imperativos, afirmam os sexólogos.
Os indivíduos precisam dessa certeza para provar para si mesmos e para os outros que seus relacionamentos afetivos vão bem. "Há muita hipocrisia em torno disso", afirma o sexólogo Gerson Pereira Lopes.
"Quanto mais egoístas são os parceiros, mais eles fingem que chegaram ao orgasmo."
Sucessivos fracassos na busca do orgasmo simultâneo causam angústias às vezes injustificáveis. Psicólogos e psiquiatras são procurados por casais que se acham incomuns porque não conseguem atingir esse objetivo. "Não se deve dar importância exagerada ao orgasmo simultâneo.
A intensidade do prazer depende do tempo de privação sexual e da qualidade do estímulo erótico", explica o sexólogo Ricardo Cavalcanti.
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