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10/03/2002
-
09h44
da Folha de S.Paulo
A endometriose, doença que afeta 15% das mulheres em idade reprodutiva, é hoje a principal causa de dor crônica entre o público feminino, segundo especialistas no assunto.
Não se sabe ao certo a origem do distúrbio, mas os médicos o associam ao estresse, à poluição e ao adiamento da gravidez para depois dos 30 anos, fatos frequentes na vida da mulher moderna.
As vítimas de endometriose relatam uma sucessão de dores: dor pélvica durante a menstruação, ou não, dor na relação sexual, para urinar, para evacuar, dores nas costas, entre outras. A infertilidade atinge 50% dessas mulheres.
Pesquisa realizada em três hospitais universitários brasileiros (Hospital das Clínicas de São Paulo e de Ribeirão Preto e o hospital da Unicamp), com 450 mulheres portadoras da doença, mostra que 86,2% das entrevistadas reclamam de fortes cólicas menstruais e que 53,3% sentem dores severas e incapacitantes.
O trabalho foi apresentado em congresso mundial de endometriose, ocorrido há 15 dias em San Diego (EUA). Outro estudo, feito pela Unicamp com 200 mulheres, mostra que o tempo médio entre os primeiros sintomas e o diagnóstico da doença é de oito anos.
"Há muita desinformação sobre a doença, inclusive na classe médica", diz o médico Carlos Alberto Petta, 41, responsável pelo setor de endometriose da Unicamp.
A associação desses dois fatores, dor constante e demora no diagnóstico, traz sérios prejuízos ao dia-a-dia da mulher, especialmente na vida conjugal. "Como ela sente muita dor durante a relação sexual, começa a evitar esses momentos", afirma Eleuze Mendonça, 43, presidente da Associação Brasileira de Endometriose.
Há três anos, os três hospitais universitários já mencionados decidiram criar um grupo multidisciplinar para estudar a endometriose e tentar melhorar a qualidade de vida das suas vítimas.
O grupo padronizou a conduta médica e conta com outros profissionais, como psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. "Queremos evitar o excesso de cirurgias", diz Petta. O tipo de tratamento para a doença é motivo de controvérsias.
Segundo o médico Maurício Abrão, chefe do setor de endometriose do HC-São Paulo, há uma linha de pesquisa que estabelece um importante link dessa doença com os distúrbios da tireóide, a cistite intersticial e outras doenças ligadas ao sistema imunológico da mulher. "Temos de tratar a mulher como um todo, e não apenas o órgão", afirma Abrão.
Leia mais:
Tratamento de endometriose suscita controvérsia
Leia também:
sobre infertilidade
Vítima da endometriose sente mais dor
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A endometriose, doença que afeta 15% das mulheres em idade reprodutiva, é hoje a principal causa de dor crônica entre o público feminino, segundo especialistas no assunto.
Não se sabe ao certo a origem do distúrbio, mas os médicos o associam ao estresse, à poluição e ao adiamento da gravidez para depois dos 30 anos, fatos frequentes na vida da mulher moderna.
As vítimas de endometriose relatam uma sucessão de dores: dor pélvica durante a menstruação, ou não, dor na relação sexual, para urinar, para evacuar, dores nas costas, entre outras. A infertilidade atinge 50% dessas mulheres.
Pesquisa realizada em três hospitais universitários brasileiros (Hospital das Clínicas de São Paulo e de Ribeirão Preto e o hospital da Unicamp), com 450 mulheres portadoras da doença, mostra que 86,2% das entrevistadas reclamam de fortes cólicas menstruais e que 53,3% sentem dores severas e incapacitantes.
O trabalho foi apresentado em congresso mundial de endometriose, ocorrido há 15 dias em San Diego (EUA). Outro estudo, feito pela Unicamp com 200 mulheres, mostra que o tempo médio entre os primeiros sintomas e o diagnóstico da doença é de oito anos.
"Há muita desinformação sobre a doença, inclusive na classe médica", diz o médico Carlos Alberto Petta, 41, responsável pelo setor de endometriose da Unicamp.
A associação desses dois fatores, dor constante e demora no diagnóstico, traz sérios prejuízos ao dia-a-dia da mulher, especialmente na vida conjugal. "Como ela sente muita dor durante a relação sexual, começa a evitar esses momentos", afirma Eleuze Mendonça, 43, presidente da Associação Brasileira de Endometriose.
Há três anos, os três hospitais universitários já mencionados decidiram criar um grupo multidisciplinar para estudar a endometriose e tentar melhorar a qualidade de vida das suas vítimas.
O grupo padronizou a conduta médica e conta com outros profissionais, como psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. "Queremos evitar o excesso de cirurgias", diz Petta. O tipo de tratamento para a doença é motivo de controvérsias.
Segundo o médico Maurício Abrão, chefe do setor de endometriose do HC-São Paulo, há uma linha de pesquisa que estabelece um importante link dessa doença com os distúrbios da tireóide, a cistite intersticial e outras doenças ligadas ao sistema imunológico da mulher. "Temos de tratar a mulher como um todo, e não apenas o órgão", afirma Abrão.
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