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05/02/2001
-
22h43
da Folha Online
A novela da Bahia começou em... Sevilha, na Espanha, com uma trama sofisticada, de trambiques, amor, ódio e misticismo. É com este clima que a novela "Porto dos Milagres" substituiu nesta segunda-feira a campeã de audiência "Laços de Família", assinada por Manoel Carlos, experiente em mostrar nos seus diálogos o cotidiano de cada um.
"Porto dos Milagres" traz de volta à TV a fórmula de novela no Nordeste com sotaque forçado de São Paulo, criando chavões, "dicionários" e modismos (quem não se lembra da mistura de português e inglês da fictícia Greenville?), assim como aconteceu em outras atrações anteriores escritas por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares.
Mas a promessa não é o que se viu no primeiro capítulo: "Porto dos Milagres" foi vendida como uma trama de emocionantes histórias de casais que vivem em uma pequena cidade do recôncavo baiano, e, como uma superprodução, terá três fases distintas.
Inspirada em dois romances do escritor Jorge Amado -"Mar Morto" e "A Descoberta da América pelos Turcos"-, "Porto dos Milagres", segundo a própria produção, começa como um curta-metragem, passa a ser uma minissérie de oito capítulos e, depois, se transforma nem uma novela.
A primeira fase começou em Sevilha, com o casal Félix (Antônio Fagundes) e Adma (Cássia Kiss) fugindo da polícia. Depois de meia-hora, o capítulo chegou à Bahia, de barco, já fazendo referência a Iemanjá, a grande figura da história.
A novela vai tratar das relações entre a "alta" e a "baixa" sociedade portomilagrense, que se concretizam apenas no amor entre pescadores e senhoritas e no trabalho ilegal, e não da pesca.
O que se viu no primeiro capítulo não é muito diferente das "novelas irmãs" "Roque Santeiro", "Tieta", "Pedra sobre Pedra" e "Fera Ferida", entre outras. Sempre para "tumultuar" a vilinha de pescadores chega alguém do exterior, que ajuda a mudar a vida no local e interfere no cotidiano das pessoas. Será que nada vai mudar?
Na história, que será contada a passos lentos -ao menos em sua primeira semana, há um herói, vivido por Marcos Palmeira, e uma heroína, vivida por Flávia Alessandra. Eles vivem uma grande paixão, mas isto fica para depois.
O primeiro capítulo foi muito pouco para mostrar o talento de um grande elenco que está na novela, recheada de nomes como Leonardo Brício, Glória Menezes, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Reginaldo Farias, Luiza Thomé, Camila Pitanga, José de Abreu e Carolina Kasting, entre tantos outros.
O folhetim ficou somente na trama de Fagundes -que faz papel de gêmeos nestes primeiros capítulos, até que um deles morre envenenado-, Kiss, mostrou Maurício Mattar e um toque de dramaticidade da experiente Nathália Timberg, além da comicidade de Arlete Salles.
A ver por este capítulo, vai demorar um pouco para assistir de novo na TV os incansáveis diálogos para "jogar conversa fora" na mesa de jantar de Helena, os cafés-da-manhã na mesa da casa de Miguel e as besteiras do nosso dia-a-dia.
Leia mais:
"Porto dos Milagres" começa com ibope de 47 pontos na Globo
Trambique, amor e ódio substituem cotidiano de "Laços de Família"
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Divulgação Antônio Fagundes em "Porto dos Milagres", nova novela da Globo |
"Porto dos Milagres" traz de volta à TV a fórmula de novela no Nordeste com sotaque forçado de São Paulo, criando chavões, "dicionários" e modismos (quem não se lembra da mistura de português e inglês da fictícia Greenville?), assim como aconteceu em outras atrações anteriores escritas por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares.
Mas a promessa não é o que se viu no primeiro capítulo: "Porto dos Milagres" foi vendida como uma trama de emocionantes histórias de casais que vivem em uma pequena cidade do recôncavo baiano, e, como uma superprodução, terá três fases distintas.
Inspirada em dois romances do escritor Jorge Amado -"Mar Morto" e "A Descoberta da América pelos Turcos"-, "Porto dos Milagres", segundo a própria produção, começa como um curta-metragem, passa a ser uma minissérie de oito capítulos e, depois, se transforma nem uma novela.
A primeira fase começou em Sevilha, com o casal Félix (Antônio Fagundes) e Adma (Cássia Kiss) fugindo da polícia. Depois de meia-hora, o capítulo chegou à Bahia, de barco, já fazendo referência a Iemanjá, a grande figura da história.
A novela vai tratar das relações entre a "alta" e a "baixa" sociedade portomilagrense, que se concretizam apenas no amor entre pescadores e senhoritas e no trabalho ilegal, e não da pesca.
O que se viu no primeiro capítulo não é muito diferente das "novelas irmãs" "Roque Santeiro", "Tieta", "Pedra sobre Pedra" e "Fera Ferida", entre outras. Sempre para "tumultuar" a vilinha de pescadores chega alguém do exterior, que ajuda a mudar a vida no local e interfere no cotidiano das pessoas. Será que nada vai mudar?
Na história, que será contada a passos lentos -ao menos em sua primeira semana, há um herói, vivido por Marcos Palmeira, e uma heroína, vivida por Flávia Alessandra. Eles vivem uma grande paixão, mas isto fica para depois.
O primeiro capítulo foi muito pouco para mostrar o talento de um grande elenco que está na novela, recheada de nomes como Leonardo Brício, Glória Menezes, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Reginaldo Farias, Luiza Thomé, Camila Pitanga, José de Abreu e Carolina Kasting, entre tantos outros.
O folhetim ficou somente na trama de Fagundes -que faz papel de gêmeos nestes primeiros capítulos, até que um deles morre envenenado-, Kiss, mostrou Maurício Mattar e um toque de dramaticidade da experiente Nathália Timberg, além da comicidade de Arlete Salles.
A ver por este capítulo, vai demorar um pouco para assistir de novo na TV os incansáveis diálogos para "jogar conversa fora" na mesa de jantar de Helena, os cafés-da-manhã na mesa da casa de Miguel e as besteiras do nosso dia-a-dia.
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