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14/02/2001 - 05h40

Sonic Júnior mostra a batida eletrônica de Alagoas

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PEDRO ALEXANDRE SANCHES, da Folha de S.Paulo

A nova música brasileira também vem das Alagoas. Música eletrônica feita na groovebox, mas com fartos elementos brasileiros, é a base da dupla Sonic Júnior, que lança neste começo de século seu primeiro disco, homônimo.

Os Sonic Júnior são Juninho (voz, programações e bateria), 26, e Aldo Jones (guitarra, violão e backing vocal), 24. Apesar da pouca idade, ambos já têm cerca de dez anos de estrada no circuito underground de Maceió.

Juninho, o mentor do Sonic Júnior, integrava a banda Living in the Shit, popular no circuito independente nordestino dos anos 90.

Em 99, chamou o amigo Aldo Jones para formar a dupla ("eu via que faltava algo, era a guitarra"). Aldo conta sua história
anterior: "Toquei com meio mundo em Maceió, mas tocava rock pesado.
Depois arrumei um rack de efeitos, conheci Juninho e vi que estava meio morgado com o som pesado, querendo colocar umas coisas mais loucas".

Quanto ao nome, Juninho tenta afastar a associação com o Sonic Youth: "Sonic é por causa do barulho, e Júnior é porque é meu nome. Não tem nada a ver como Sonic Youth, apesar de eu adorar a banda".

Enumera as influências da dupla: "É muito groove, uma mistura de funk, soul e batidas quebradas. Ouvimos Banda Black Rio, Pedro Luís e A Parede, Jorge Ben, Eddie, Nação Zumbi, Medeski, Martin & Wood, Manu Chao".

Ele não nega, também, que o mangue beat pernambucano haja colaborado para dar visibilidade à música alternativa de Alagoas: "Pegamos o início do movimento com o Living in the Shit, tocamos muito em Recife no começo".

Aldo não parece concordar. "As pessoas podem até achar que nosso som lembra mangue beat, mas é porque é Nordeste, tem o mesmo sotaque, a galera ouviu as mesmas coisas. Mas não tem muito a ver, Jorge Ben é que é a unanimidade na banda", diz, citando Limp Bizkit, Deftones e Beck como influências adicionais.

Aldo fala da cena alagoana: "Há muita banda legal, fazendo som diferente em vários estilos -regional, mangue, um pouco de tudo. O que falta é a galera deixar a acomodação, sair de lá".

Juninho explica o lançamento pelo selo independente Nikita: "Não viemos na intenção de chegar a grandes gravadoras. O CD, gravado no meu estúdio em Maceió, foi a Nikita que botou fé, logo que ouviu".
 

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