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16/02/2001 - 11h03

Comentário: "O Tigre e o Dragão" é um dos melhores filmes do ano

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da Reuters, em Los Angeles

A filme "O Tigre o Dragão", que estréia hoje no Brasil, mostra porque recebeu 10 indicações ao Oscar depois de apenas 20 minutos de exibição.

Esse é o tempo necessário para o diretor taiwanês Ang Lee mostrar um balé exótico: dois atores escalam paredes, usam o chão e o teto como trampolins e desafiam a gravidade em cenas feitas sob medida para prender o fôlego do mais tranquilo dos espectadores e dar à platéia uma pista do que virá pela frente.

Ang Lee resolveu voltar às raízes asiáticas depois de um intervalo de cinco anos e quatro filmes falados em inglês. Baseou-se num romance escrito antes da Segunda Guerra Mundial para fazer "O Tigre e o Dragão". A produção, falada em mandarim e com atores chineses, já é considerada o "Matrix" dos filmes de lutas marciais.

Isso fica claro no modo como o cineasta coloca inteligência e humor numa história melodramática de intriga e vinganças, recheando-a com uma série de estupendas sequências de combates.

No início do século 19, o sábio das artes marciais, Li Mu Bai (Chow Yun-fat) é o proprietário de uma espada mágica de 400 anos. Embora continue ansioso para vingar o assassinato de seu mestre, que foi morto pela bruxa Jade Fox (Cheng Pei-pei), Li agora está apto para uma vida mais meditativa e, por isso, passa a espada para Yu Shu Lien (Michelle Yeoh), uma amiga e guerreira por quem ele estivera longamente apaixonado.

Ao enviar a espada para Pequim, Shu Lien se encontra com Jen (Ziyi Zhang), a frágil filha de um político que sofre com um casamento arranjado. Sua situação só aumenta a inveja que ela sente do estilo de vida livre de Shu Lien. Logo a espada mágica é roubada, o que dá início a uma espetacular sequência de ação que, durante sua primeira exibição em Cannes, foi ovacionada pelos espectadores.

A primeira coisa que vem à mente ao se pensar no filme são as sequências de lutas coreografadas e efeitos especiais. Mas o impacto de "O Tigre e o Dragão" não chegaria nem perto do que foi se não fosse pelas interpretações exemplares do elenco, a beleza do figurino e, é claro, a trilha sonora, deixada a cargo de ninguém menos que Tan Dun.
 

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