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21/02/2001
-
12h10
da France Presse, em Los Angeles
A cerimônia de entrega do Grammy, que acontece hoje, promete ser uma das mais polêmicas das suas 43 edições. O motivo é a presença do rapper Eminem, muito criticado por fazer músicas que pregam o preconceito aos homossexuais e a misoginia.
Eminem e seu padrinho Dr Dre lideram o eclético grupo de candidatos aos prêmios da Academia de Artes e Ciências da Gravação, com quatro e cinco indicações, respectivamente.
Sem favoritos claros - como aconteceu nos últimos dois anos com Carlos Santana e Lauryn Hill - a reta final da cerimônia foi dominada por um debate acalorado em torno da indicação de Eminem ao principal prêmio, o de "Álbum do Ano", com "The Marshall Mathers LP".
Apesar de ter levado dois Grammy no ano passado nas categorias rap, o primeiro branco que se destaca num gênero dominado por artistas negros tem desta vez a primeira chance de ganhar um prêmio principal.
Seus defensores vêem a indicação como uma confirmação de seu talento e reconhecimento a todo o mundo do rap, entretanto, o críticos consideram a indicação dele uma valorização da violência e do ódio que ele prega em suas letras.
"Glorificam a violência contra gays e lésbicas, e creio que o fazem de uma forma que realmente pode ter impacto sobre as pessoas que escutam sua música", avalia Cathy Renna, porta-voz da Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD).
Esta e outras organizações de defesa dos direitos dos homossexuais e das mulheres esperam reunir centenas de pessoas em uma manifestação contra o ódio, programada para acontecer durante a entrega do Grammy, em frente ao Staples Center de Los Angeles, onde vai acontecer a premiação.
Entretanto, nem todos os membros da comunidade homossexual concordam com as críticas. Um dos mais famosos é o cantor britânico Elton John, que defendeu Eminem publicamente e vai acompanhá-lo hoje durante a apresentação da música "Stan", sobre um fã obsessivo.
Elton John considera "The Marshall Mathers LP" o álbum do ano e rechaçou a onda do politicamente correto, dizendo que as músicas de Eminem não devem ser levadas ao pé da letra. "Honestamente, não acredito que as pessoas vão sair e matar pessoas por causa desse álbum", declarou Elton ao "Los Angeles Times".
Eminem compete na categoria Álbum do Ano com Radiohead ("Kid A") e Beck ("Midnite Vultures"), mas os críticos antecipam que o júri conservador deve premiar os veteranos Paul Simon ("You Are the One") e Steely Dan ("Two Against Nature").
Pela primera vez na história, nenhum dos candidatos ao Álbum do Ano concorre ao outro principal prêmio do Grammy, o de Gravação do Ano, disputado por Madonna ("Music"), 'N Sync ("Bye, Bye, Bye"), Destiny's Child ("Say My Name"), Macy Gray ("I Try") e U2 ("Beautiful Day").
Shelby Lynne, Brad Paisley, Papa Roach, Jill Scott e Sisqo, disputam na categoria Melhor Artista Revelação.
A cantora Christina Aguillera forma com Rick Martin, Marc Anthony, Jennifer López e Enrique Iglesias a delegação latina nas categorias em inglês, muito reduzida em relação à edição de 2000, um ano histórico para a música latina nos Estados Unidos.
Premiação do Grammy deste ano deverá ser uma das mais polêmicas
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A cerimônia de entrega do Grammy, que acontece hoje, promete ser uma das mais polêmicas das suas 43 edições. O motivo é a presença do rapper Eminem, muito criticado por fazer músicas que pregam o preconceito aos homossexuais e a misoginia.
Eminem e seu padrinho Dr Dre lideram o eclético grupo de candidatos aos prêmios da Academia de Artes e Ciências da Gravação, com quatro e cinco indicações, respectivamente.
Sem favoritos claros - como aconteceu nos últimos dois anos com Carlos Santana e Lauryn Hill - a reta final da cerimônia foi dominada por um debate acalorado em torno da indicação de Eminem ao principal prêmio, o de "Álbum do Ano", com "The Marshall Mathers LP".
Apesar de ter levado dois Grammy no ano passado nas categorias rap, o primeiro branco que se destaca num gênero dominado por artistas negros tem desta vez a primeira chance de ganhar um prêmio principal.
Seus defensores vêem a indicação como uma confirmação de seu talento e reconhecimento a todo o mundo do rap, entretanto, o críticos consideram a indicação dele uma valorização da violência e do ódio que ele prega em suas letras.
"Glorificam a violência contra gays e lésbicas, e creio que o fazem de uma forma que realmente pode ter impacto sobre as pessoas que escutam sua música", avalia Cathy Renna, porta-voz da Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD).
Esta e outras organizações de defesa dos direitos dos homossexuais e das mulheres esperam reunir centenas de pessoas em uma manifestação contra o ódio, programada para acontecer durante a entrega do Grammy, em frente ao Staples Center de Los Angeles, onde vai acontecer a premiação.
Entretanto, nem todos os membros da comunidade homossexual concordam com as críticas. Um dos mais famosos é o cantor britânico Elton John, que defendeu Eminem publicamente e vai acompanhá-lo hoje durante a apresentação da música "Stan", sobre um fã obsessivo.
Elton John considera "The Marshall Mathers LP" o álbum do ano e rechaçou a onda do politicamente correto, dizendo que as músicas de Eminem não devem ser levadas ao pé da letra. "Honestamente, não acredito que as pessoas vão sair e matar pessoas por causa desse álbum", declarou Elton ao "Los Angeles Times".
Eminem compete na categoria Álbum do Ano com Radiohead ("Kid A") e Beck ("Midnite Vultures"), mas os críticos antecipam que o júri conservador deve premiar os veteranos Paul Simon ("You Are the One") e Steely Dan ("Two Against Nature").
Pela primera vez na história, nenhum dos candidatos ao Álbum do Ano concorre ao outro principal prêmio do Grammy, o de Gravação do Ano, disputado por Madonna ("Music"), 'N Sync ("Bye, Bye, Bye"), Destiny's Child ("Say My Name"), Macy Gray ("I Try") e U2 ("Beautiful Day").
Shelby Lynne, Brad Paisley, Papa Roach, Jill Scott e Sisqo, disputam na categoria Melhor Artista Revelação.
A cantora Christina Aguillera forma com Rick Martin, Marc Anthony, Jennifer López e Enrique Iglesias a delegação latina nas categorias em inglês, muito reduzida em relação à edição de 2000, um ano histórico para a música latina nos Estados Unidos.
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