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22/02/2001 - 16h04

Gays protestaram contra rapper Eminem durante entrega do Grammy

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da Reuters, em Los Angeles

Mesmo não tendo conquistado os quatro prêmios para os quais tinha sido indicado, o rapper Eminem foi alvo de um protesto que aconteceu em frente ao local da cerimônia de premiação do Grammy, no estádio Staples Center, em Los Angeles, na madrugada de hoje.

Cerca de 200 gays, lésbicas e representantes de grupos religiosos promoveram a "Manifestação Contra o Ódio" para chamar a atenção do público contra as letras de Eminem que, segundo eles, promove a homofobia e a violência doméstica.

Na rede de televisão CBS, a única que transmitiu o evento ao vivo nos EUA, foi possível ver Judy Shepard, mãe do garoto gay assassinado, Matthew Shepard, discursando sobre o impacto da violência sobre a juventude homossexual.

Eminem acabou não arrematando as quatro categorias para as quais foi indicado, vencendo nos quesitos melhor álbum de rap, melhor cantor de rap e melhor dueto de rap, com Dr. Dre. Na categoria melhor álbum do ano, o rapper acabou perdendo para Steely Dan.

"Antes de mais nada, gostaria de agradecer todo mundo que deixou de lado a controvérsia e viu o meu álbum como ele realmente é", disse o rapper de 28 anos, depois de ganhar o Grammy de melhor álbum de rap pelo segundo ano consecutivo.

Enquanto isso, o U2 conquistava mais glórias para a sua carreira e vencia nas categorias melhor gravação do ano, melhor canção do ano e melhor performance de rock - todos conquistados com a música "Beautiful Day", do mais recente álbum da banda, "All That You Can't Leave Behind".

"Estou sentindo uma emoção enorme, algo inexplicável", disse Bono Vox. "Acho que se chama humildade". O U2 acumula agora 10 Grammy, ao passo que Eminem já possui cinco.

Lynne, que chegou ao topo das paradas pop no ano passado com o álbum "I Am Shelby Lynne", venceu no quesito melhor artista revelação.

"Trinta anos e seis álbuns para chegar até aqui", disse a cantora, que também agradeceu seus pais por ensiná-la a ser independente - seu pai assassinou sua mãe durante uma discussão doméstica quando Lynne e sua irmã eram ainda crianças.

Entre os outros premiados estão Destiny's Child, por melhor performance de R&B com o single "Say My Name", e Shakira, por melhor álbum latino. A cantora colombiana agradeceu ao seu "amor", Antonio de la Rúa, filho do presidente da Argentina.

A ironia da noite ficou por conta da homenagem póstuma prestada ao nova-iorquino de origem porto-riquenha Tito Puente. Ele ganhou o prêmio de melhor álbum de salsa, apesar de ter criticado o termo salsa para definir seu estilo musical. "Salsa é para comer e não para designar um estilo", dizia Puente, que morreu em 31 de maio último aos 77 anos.

Por sua vez, a cubana Gloria Estefan conquistou louros pelo melhor álbum tropical tradicional com "Alma Caribeña". Já Macy Gray deixou para trás ídolos pops como Madonna, Britney Spears e Christina Aguilera e atingiu o apogeu ao ser eleita a melhor cantora pop com o single "I Try".

Muitos dos favoritos do Grammy acrescentaram estatuetas às suas coleções, como o guitarrista B.B. King, que dividiu um prêmio com Dr. John e Eric Clapton, e agora acumula 11 Grammy.

Johnny Cash ficou com o prêmio de melhor cantor country masculino por sua versão de "Solitary Man", de Neil Diamond. Ele acabou de sair do hospital, onde estava internado para tratar uma pneumonia.

Emmylou Harris ganhou seu décimo Grammy na categoria de melhor álbum folk com "Red Dirt Girl" e Sheryl Crow tem agora oito prêmios, ao ganhar na categoria de melhor cantora de rock.

Leia também:

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