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23/02/2001
-
04h15
da Folha de S.Paulo
A rua da Moeda, no centro antigo do Recife, abriga a partir de hoje a sexta edição do Festival Rec Beat, complemento sonoro (leia-se rock, hip hop, música, maracatus e afins) ao Carnaval de veio efetivamente popular na cidade.
Um dos expoentes da cena grunge de Seattle nos anos 80, o Mudhoney é um dos destaques da primeira noite, encerrando a inédita turnê brasileira. As demais bandas da noite são de Recife, com raízes fincadas na comunidade do Alto José do Pinho, como o Faces do Subúrbio e o Via Sat.
São seis atrações em cinco dias, de hoje até terça-feira. Houve baixas numéricas: a programação reúne 30 bandas, 12 a menos que a edição de 2000. No ano passado foram sete dias, dois a mais. O orçamento é de R$ 200 mil.
O idealizador do festival, o jornalista e produtor Antonio Gutierrez, o Gutie, afirma que mudou o formato porque teve dificuldades em captar recursos junto à iniciativa privada. "A lei estadual de incentivo à cultura está suspensa, em revisão, e a Prefeitura de Recife, nosso patrocinador, teve que reduzir a verba", explica.
Apesar disso, a edição deste ano mantém o espírito e a filosofia do Rec Beat: mesclar "representantes da nova e também tradicional música pernambucana, além de revelações locais e nacionais", como diz Gutie.
Internacional
Desde o ano passado, há também o adendo da atração internacional. Além do Mudhoney, toca em Recife o guitarrista americano Bruce Ewan, que divide o palco com o blueseiro carioca Big Gilson.
Gutie chama a atenção para artistas que estão participando pela primeira vez, como o alagoano Wado, os gaúchos do Bidê ou Balde, os paraenses do Cravo Carbono e os pernambucanos do Textículos de Mary.
Há espaço até para performances cênico-musicais, com o ator Aramis Trindade, conhecido em Recife pela imitação de personalidades como Ariano Suassuna e Alceu Valença. No Rec Beat, ele apresentará o show "É uma Brasa Mora", no qual "clonará" ídolos da jovem guarda, como Roberto e Erasmo Carlos.
De Arcoverde (PE), participa o grupo Cordel do Fogo Encantado, que acaba de fazer sua estréia em CD, sob a batuta do percussionista e compositor Naná Vasconcelos, que assina a direção.
Nomes consolidados na cena musical brasileira do final dos anos 90, como o pernambucano Otto e o maranhense Zeca Baleiro, participam da noite de encerramento do festival.
Além da diversidade que marca o som das bandas, o festival abre espaço para a concentração carnavalesca do Bloco Quanta Ladeira, que acontece na tarde de domingo. Na segunda, é a vez da ala infantil, que participa de atividades lúdicas e, claro, musicais.
"O Rec Beat é para quem gosta de Carnaval, para fechar a noite dos foliões ou mesmo servir de opção entre um baile e outro", afirma Gutie, que também é empresário dos grupos Mundo Livre S/A e Cordel do Fogo Encantado .
A primeira edição aconteceu em 95, em Olinda. Cerca de 150 pessoas foram assistir aos shows que aconteciam em um bar improvisado, o Oficina Mecânica. Olinda abrigou a segunda edição, em 98, mas o festival foi transferido para a parte histórica de Recife em 99.
(VALMIR SANTOS)
Rec Beat encolhe dois dias, mas quer manter filosofia
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A rua da Moeda, no centro antigo do Recife, abriga a partir de hoje a sexta edição do Festival Rec Beat, complemento sonoro (leia-se rock, hip hop, música, maracatus e afins) ao Carnaval de veio efetivamente popular na cidade.
Um dos expoentes da cena grunge de Seattle nos anos 80, o Mudhoney é um dos destaques da primeira noite, encerrando a inédita turnê brasileira. As demais bandas da noite são de Recife, com raízes fincadas na comunidade do Alto José do Pinho, como o Faces do Subúrbio e o Via Sat.
São seis atrações em cinco dias, de hoje até terça-feira. Houve baixas numéricas: a programação reúne 30 bandas, 12 a menos que a edição de 2000. No ano passado foram sete dias, dois a mais. O orçamento é de R$ 200 mil.
O idealizador do festival, o jornalista e produtor Antonio Gutierrez, o Gutie, afirma que mudou o formato porque teve dificuldades em captar recursos junto à iniciativa privada. "A lei estadual de incentivo à cultura está suspensa, em revisão, e a Prefeitura de Recife, nosso patrocinador, teve que reduzir a verba", explica.
Apesar disso, a edição deste ano mantém o espírito e a filosofia do Rec Beat: mesclar "representantes da nova e também tradicional música pernambucana, além de revelações locais e nacionais", como diz Gutie.
Internacional
Desde o ano passado, há também o adendo da atração internacional. Além do Mudhoney, toca em Recife o guitarrista americano Bruce Ewan, que divide o palco com o blueseiro carioca Big Gilson.
Gutie chama a atenção para artistas que estão participando pela primeira vez, como o alagoano Wado, os gaúchos do Bidê ou Balde, os paraenses do Cravo Carbono e os pernambucanos do Textículos de Mary.
Há espaço até para performances cênico-musicais, com o ator Aramis Trindade, conhecido em Recife pela imitação de personalidades como Ariano Suassuna e Alceu Valença. No Rec Beat, ele apresentará o show "É uma Brasa Mora", no qual "clonará" ídolos da jovem guarda, como Roberto e Erasmo Carlos.
De Arcoverde (PE), participa o grupo Cordel do Fogo Encantado, que acaba de fazer sua estréia em CD, sob a batuta do percussionista e compositor Naná Vasconcelos, que assina a direção.
Nomes consolidados na cena musical brasileira do final dos anos 90, como o pernambucano Otto e o maranhense Zeca Baleiro, participam da noite de encerramento do festival.
Além da diversidade que marca o som das bandas, o festival abre espaço para a concentração carnavalesca do Bloco Quanta Ladeira, que acontece na tarde de domingo. Na segunda, é a vez da ala infantil, que participa de atividades lúdicas e, claro, musicais.
"O Rec Beat é para quem gosta de Carnaval, para fechar a noite dos foliões ou mesmo servir de opção entre um baile e outro", afirma Gutie, que também é empresário dos grupos Mundo Livre S/A e Cordel do Fogo Encantado .
A primeira edição aconteceu em 95, em Olinda. Cerca de 150 pessoas foram assistir aos shows que aconteciam em um bar improvisado, o Oficina Mecânica. Olinda abrigou a segunda edição, em 98, mas o festival foi transferido para a parte histórica de Recife em 99.
(VALMIR SANTOS)
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