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26/02/2001 - 15h50

Festival com entrada gratuita amplia público de dança em SP

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ANA FRANCISCA PONZIO
da Folha de S.Paulo

O 1º Panorama Sesi de Dança encerrou-se ontem com a promessa de tornar-se permanente, depois de ter apresentado 12 espetáculos de sete grupos de São Paulo, para platéias lotadas, com entrada gratuita.

Segundo a organização da mostra, as próximas edições devem trazer produções de outros Estados brasileiros e até convidados internacionais.
Para a capital paulista, o Panorama Sesi é um sinal de que, neste ano, começa-se a resgatar uma programação mais intensa de eventos de dança.

Ocupando com irregularidade a agenda cultural da cidade, os eventos de dança ora monopolizam atenções (como costumava ocorrer, por exemplo, na época do extinto Carlton Dance Festival), ora se desarticulam.

Segundo coreógrafos independentes como Sandro Borelli, que apresentou "Senhor dos Anjos?" no 1º Panorama Sesi, as lacunas geradas pela falta de programação são irreparáveis.

"Tempo não se recupera e os criadores precisam mostrar seus trabalhos. Como a cultura brasileira é decidida em gabinetes, resta-nos torcer para que uma circunstância subjetiva ou uma mudança de cargos não interrompam a continuidade dos eventos disponíveis", afirma o bailarino e coreógrafo Borelli.

O Teatro Popular do Sesi, onde aconteceu o 1º Panorama Sesi de Dança, oferece programação gratuita, até agora voltada apenas para a produção teatral.

"É um teatro que lida com o público de maneira peculiar. Por não cobrar ingressos, as filas de entrada são enormes. Com isso, atrai curiosos que vão ao teatro porque é de graça e que talvez não tomariam a mesma iniciativa em temporadas normais. Esse tipo de afluência é muito positivo para a ampliação das platéias de dança, pois é bom contar com espectadores que vão investigar o espetáculo para ver se gostam", diz Cristiane Paoli Quito, diretora da Cia. Nova Dança 4, que também se apresentou na mostra.

Verão Dança

Além do Panorama Sesi, este início de ano contou também com o Verão Dança, festival organizado nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade pela Secretaria de Estado da Cultura, que também promete não interromper o evento. Ainda em 2001, a mesma secretaria deve inaugurar outra mostra, provavelmente no Teatro São Pedro.

Bem-recebidos por criadores e público, os eventos recém-lançados engrossam um calendário aparentemente em expansão. Apesar das boas intenções, falta provar que essas programações podem se aprimorar e influir na revitalização da dança na cidade de São Paulo.
 

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