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28/02/2001 - 04h03

Biohazard mostrará novas músicas em SP

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MARCELO VALLETTA, da Folha de S.Paulo

"Enjoamos de nos concentrar na gravação do novo álbum e decidimos dar um pulo na América do Sul." É simples assim para Billy Graziadei, guitarrista e vocalista do Biohazard, grupo nova-iorquino pioneiro na mistura de heavy metal com rap, estilo que hoje está no alto das paradas norte-americanas representado por grupos como Limp Bizkit e seus clones.

Cumprimentando e se despedindo em bom português -a banda já tocou por aqui em duas ocasiões, na década passada-, Graziadei, tossindo muito e de cama, por causa de uma forte gripe, falou com a Folha por telefone, de sua casa, em Nova York. Sua banda faz apresentação única no Brasil em São Paulo, no dia 7, em uma miniturnê que também passa pelo México, Chile e Argentina.

O músico lamenta por tocar só uma vez em São Paulo. "Amamos o Brasil, é um lugar legal de tocar e de visitar, conhecemos muita gente boa aí. Mas só recebemos a oferta para tocar uma vez em São Paulo, infelizmente."

Ele diz que o grupo trará novidades. "Vamos tocar coisas novas e gravar algumas coisas dos shows. Espero que seja muito melhor desta vez."

O novo disco, previsto para sair em junho, é o primeiro a ser produzido totalmente pelos integrantes do Biohazard. "Estamos fazendo o disco
sozinhos. É a primeira vez que não temos a pressão de um grande estúdio e de um produtor nos apressando. Agora podemos ter certeza de que vamos fazer do jeito que queremos."

E o que eles querem é peso e agressividade. "Definitivamente, é mais brutal e agressivo do que tudo o que a gente já fez. É muito na sua cara, o som está grande, encorpado. Nossas letras lidam com tópicos tão complicados que as músicas precisam ser agressivas e afiadas", afirma.

A influência do hip hop, que não apareceu muito no disco anterior, "New World Desorder", de 99, desta vez deverá ser mais forte. "E teremos muitos convidados. Alguns ainda não estão confirmados, mas Sen Dog, do Cypress Hill, participa da música "Last Man Standing'", conta Graziadei.

Sobre as bandas que seguiram a trilha do rap metal aberta pelo Biohazard e pela colaboração dos rappers Public Enemy com os metaleiros do Anthrax, o guitarrista não soa rancoroso.

"Quando bandas ficam populares ou alguma coisa nova surge, muitos grupos começam a seguir o novo estilo. Às vezes os inovadores estão à frente de seu tempo, outras vezes levam o crédito por algo que eles não criaram.
Sempre acontece de bandas imitarem estilos dos outros. Mas imitar não é igual a duplicar. Você pode imitar algo, mas não substituí-lo", diz, aproveitando para elogiar Limp Bizkit e Kid Rock.

Graziadei também elogia o Metallica, banda hoje malvista pelos ataques ao Napster, programa que facilita ouvir música pelo computador. "Não
gosto dos discos novos deles de jeito nenhum, mas respeito os caras. Todas as vezes que os vi ao vivo, eu pirei."

Entre os rappers, ele elogia Outkast, Wu-Tang Clan, Cypress Hill e DMX. Sobre Eminem, diz que "é um grande letrista, ele tem a manha com as palavras".

E os elogios de Graziadei sobram até para as bandas brasileiras. Além do Sepultura, ele destaca Ratos de Porão e Pavilhão 9 entre as suas preferidas.

Show: Biohazard
Quando: 7 de março, a partir das 21h30
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, tel. 5643-2500)
Quanto: de R$ 35 a R$ 50
 

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