01/03/2001 - 19h21

Jeans bordados com pedras preciosas impressionam em Milão

da Reuters, em Milão

O designer Guiglielmo Mariotto elegeu o look "policial chique" para sua coleção outono-inverno. No desfile que fez em Milão, o estilista apresentou modelos com chapéus de polícia e casacos pretos abotoados até o pescoço. Logo ficou claro, porém, que as modelos-policiais estavam lá por um motivo justificável: proteger um lote de jeans com pedras preciosas encrustradas avaliado em US$ 500 mil e vestidos pela modelo africana Alek Wek.

"É um belo trabalho de arquitetura transformar as roupas mais baratas do mundo em bilionárias", disse Mariotto antes do desfile.

O look dos jeans desleixados com jóias brilhantes também marcou a sua volta com tops decotados acima dos seios.

O clímax ficou mais uma vez por conta de Alek Wek, aplaudida enquanto desfilava uma vestido bege bordado com um corpete sem alça e um chapéu de polícia.

No ano passado, Mariotto criou uma saia com protestos pela eleição do líder extremista de direita Joerg Haider na Áustria.

Já o preto definitivamente voltou às passarelas de Milão com o desfile da coleção outono-inverno do estilista italiano Alessandro dell'Acqua.

"Fantástico" e "divino" foram as palavras usadas por compradores e jornalistas especializados em moda para definir a coleção do estilista.

As barras eram assimétricas e saias e tops exibiam fendas que revelavam o corpo de forma inesperada. "É muito feminino, e usável", disse Federico Cucchi, da loja italiana Front Row. "Nós gostamos do material brilhante e do preto porque sabemos que vai vender".

Apesar da aparente simplicidade, a coleção tinha alguns detalhes extravagantes. Uma camisa branca com botões de pérolas, uma saia com uma fenda até a virilha, grandes cintos brilhantes e saltos de metal tão afiados que chegavam a deixar marcas na passarela preta marcaram presença.

Uma das criações mais populares foi um longo casaco de couro preto exibido pela top model Stella Tenant. "Minha mulher é feminina, sexy e forte", disse Dell'Acqua depois do desfile.

Peças e tecidos eram misturados e combinados de forma a causar um efeito incomum. "Eu amei (a coleção)", disse Lucy Sykes, editora de moda da edição norte-americana da revista "Marie Claire". "Amei a mistura inteligente de tecidos... é muito usável e ao mesmo tempo muito fashion".