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02/03/2001 - 19h35

Hollywood pode viver greve de roteiristas e atores

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da France Presse, em Los Angeles

O rompimento das negociações entre o Sindicato de Escritores dos Estados Unidos (WGA), que representa os roteiristas, e os principais estúdios de cinema e de televisão gerou hoje o temor de uma greve de roteiristas a partir de maio, seguida de uma nova paralisação de atores.

A suspensão das discussões, iniciadas há seis semanas em Los Angeles (Califórnia, Oeste), foi anunciada pelas duas partes: o Sindicato de Escritores, com 11 mil filiados, e a Aliança dos Produtores de Cinema e Televisão.

Os roteiristas e os atores pedem uma melhor retribuição para a difusão de seu trabalho no crescente mercado da televisão fechada, vídeo, DVD, Internet, assim como no estrangeiro.

O principal aspecto em discussão é como deveriam ser pagos os roteiristas pelas repetições de seu trabalho em outros meios, como o vídeo ou a televisão a cabo, depois da emissão inicial em cinema ou televisão.

Segundo o presidente do Sindicato de Escritores, John Wells, os produtores recusaram neste aspecto "um aumento anual da remuneração dos roteiristas de 2,7%", o que significa 99,7 milhões de dólares em três anos.

"Estamos tão distanciados que não há forma de encontrar um espaço de entendimento", disse por sua parte Nick Counter, presidente da Aliança de Produtores de Cinema e de Televisão.

Segundo os roteiristas, o aumento total pedido por seu sindicato é de US$ 725 milhões em três anos. Se não houver um acordo, os roteiristas poderão iniciar uma greve no dia 2 de maio.

Por outro lado, 135 mil atores de cinema e televisão, cujo contrato termina no dia 30 de junho, poderão aderir à paralisação dois meses depois, segundo a imprensa norte-americana.

Segundo o WGA, o número de filmes e de séries dos EUA difundidos por canais estrangeiros aumentou 37% entre 1994 e 1999, mas as empresas de produção não repassaram os lucros correspondentes aos criadores dos produtos.

Também estão em discussão outros aspectos, como por exemplo a atribuição da "paternidade" dos filmes a seus realizadores.

O pessimismo reina em Hollywood, estima a revista Variety. Para esta publicação especializada, os estúdios desejariam uma greve para livrar-se de certos roteiristas, atualmente sob contrato.

 

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