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09/03/2001
-
04h27
da Folha de S.Paulo
O "elétrico MTV" do Ira! tem como concorrente, no fim-de-semana, o acústico de Lulu Santos, também de volta à cidade. Ele volta deitado nos louros de 750 mil cópias vendidas do "Acústico MTV" lançado em 2000 (o número é esperteza duvidosa da BMG, pois computa juntas cópias do CD duplo e de dois volumes diversos da versão simples).
Sem perspectiva de novidade, a maior diferença parece ser a cabeça de Lulu, agora ruiva. Ele explica, enquanto confirma/desmente o boato de que pretenda dedicar um disco todo à obra de Rita Lee:
"A música brasileira está na minha vida, daí a vontade de fazer um projeto chamado "Roque Enrow", com a grafia que Rita usou. Quando canto "Agora Só Falta Você" no show, menciono a fantasia, mais que projeto, de um dia fazer um disco dedicado a ela. Rita é muito fundamental. Por isso o cabelo vermelho".
Daí, faz ponte com Herbert Vianna: "Quando houve o acidente, fiquei uns dias chocado, deprimido. Fiquei tão acabrunhado que decidi pintar o cabelo, numa atitude rock'n'roll".
Cabelos à parte, Lulu admite hoje uma antipatia por "Calendário" (99), seu CD de estúdio mais recente: "Era um engano sem tamanho, um disco insuportável. Percebi isso só há uma semana. As canções são boas, mas odiei gravar "Calendário". Foi insano".
Tem de falar, então, do impasse em que os músicos brasileiros parecem se colocar, de dar munição ao círculo vicioso de regravações ao vivo e enfrentar dificuldades quando resolvem voltar às canções inéditas de estúdio.
"A gente precisa de mais revisão ainda. Vi um tape de João Gilberto tocando há dois meses, em Fortaleza, o "Hino Nacional". Fiquei pensando o quão o país se distanciou da idéia do melhor que ele podia ser artisticamente. E o problema não é o funk do Tigrão, somos nós enquanto produtores do funk do Tigrão, enquanto cachorras e cachorros. Somos nós."
Continua: "O processo de "mass media" está com uma voracidade muito grande, está ficando "sick", doente. Você pode ligar a TV e ficar enojado com muita facilidade. O que defendo é que as revisões são boas, porque mostram para quem não estava acordado naquele momento".
Álbum novo em 2001? "Tenho a grande vontade de fazer um disco de trio, aquilo que fiz com o Jakaré, em 98. Mas não vai ser neste ano, por mais que eu tenha repertório pronto." E o "MTV Acústico" continua a render. (PAS)
Show: Lulu Santos
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 0/xx/11/5643-2500)
Quando: hoje e amanhã, às 22h, e domingo, às 20h
Quanto: R$ 20 a R$ 70
Lulu volta ruivo para Rita e Herbert
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O "elétrico MTV" do Ira! tem como concorrente, no fim-de-semana, o acústico de Lulu Santos, também de volta à cidade. Ele volta deitado nos louros de 750 mil cópias vendidas do "Acústico MTV" lançado em 2000 (o número é esperteza duvidosa da BMG, pois computa juntas cópias do CD duplo e de dois volumes diversos da versão simples).
Sem perspectiva de novidade, a maior diferença parece ser a cabeça de Lulu, agora ruiva. Ele explica, enquanto confirma/desmente o boato de que pretenda dedicar um disco todo à obra de Rita Lee:
"A música brasileira está na minha vida, daí a vontade de fazer um projeto chamado "Roque Enrow", com a grafia que Rita usou. Quando canto "Agora Só Falta Você" no show, menciono a fantasia, mais que projeto, de um dia fazer um disco dedicado a ela. Rita é muito fundamental. Por isso o cabelo vermelho".
Daí, faz ponte com Herbert Vianna: "Quando houve o acidente, fiquei uns dias chocado, deprimido. Fiquei tão acabrunhado que decidi pintar o cabelo, numa atitude rock'n'roll".
Cabelos à parte, Lulu admite hoje uma antipatia por "Calendário" (99), seu CD de estúdio mais recente: "Era um engano sem tamanho, um disco insuportável. Percebi isso só há uma semana. As canções são boas, mas odiei gravar "Calendário". Foi insano".
Tem de falar, então, do impasse em que os músicos brasileiros parecem se colocar, de dar munição ao círculo vicioso de regravações ao vivo e enfrentar dificuldades quando resolvem voltar às canções inéditas de estúdio.
"A gente precisa de mais revisão ainda. Vi um tape de João Gilberto tocando há dois meses, em Fortaleza, o "Hino Nacional". Fiquei pensando o quão o país se distanciou da idéia do melhor que ele podia ser artisticamente. E o problema não é o funk do Tigrão, somos nós enquanto produtores do funk do Tigrão, enquanto cachorras e cachorros. Somos nós."
Continua: "O processo de "mass media" está com uma voracidade muito grande, está ficando "sick", doente. Você pode ligar a TV e ficar enojado com muita facilidade. O que defendo é que as revisões são boas, porque mostram para quem não estava acordado naquele momento".
Álbum novo em 2001? "Tenho a grande vontade de fazer um disco de trio, aquilo que fiz com o Jakaré, em 98. Mas não vai ser neste ano, por mais que eu tenha repertório pronto." E o "MTV Acústico" continua a render. (PAS)
Show: Lulu Santos
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 0/xx/11/5643-2500)
Quando: hoje e amanhã, às 22h, e domingo, às 20h
Quanto: R$ 20 a R$ 70
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