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18/03/2001 - 03h39

Jornalistas dizem estar "satisfeitos" com o momento em que vivem

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da Folha de S.Paulo

Durante muito tempo, a jornalista Leda Nagle foi considerada a "cara" do "Jornal Hoje", da Globo. Treze anos no jornalismo da emissora, sendo dez à frente do "Hoje", renderam a Leda fama e credibilidade, que ela utiliza hoje no comando do "Sem Censura", programa diário de debates na TVE.

"Estou felicíssima com o meu programa, tem uma repercussão enorme. Mas não é como se eu estivesse na Globo, claro", diz Leda. "É lógico que eu gostaria de ter mais recursos de produção, o que não acontece porque estou em um canal público, que não tem muito dinheiro."

A jornalista, que não descarta uma volta às grandes redes -"só se fosse uma boa proposta, não volto por qualquer coisa"-, conta que deixou a Globo por divergências com a direção de jornalismo. "Queriam que eu voltasse para o "Bom Dia Rio", mas os horários eram muito ruins para mim. Então saí."

Já os apresentadores Leila Cordeiro e Eliakim Araújo, o "casal 20" do telejornalismo, que já passaram por Globo, Manchete e SBT, trocaram os noticiários por "qualidade de vida". Os dois, que em 97 foram para os EUA apresentar o jornal "CBS-SBT" (parceria da rede CBS e do SBT), decidiram continuar vivendo em Fort Lauderdale (Flórida), mesmo após o término do programa.

"Temos propostas para voltar ao Brasil, mas ainda não é o momento. Estamos vivendo muito bem aqui, não dá vontade de voltar", conta Eliakim. Atualmente, o casal, que tem uma produtora, faz vídeos institucionais e comerciais para canais locais dos EUA. "Nossa credibilidade ajuda a vender os produtos", diz Leila.

"Lembrem-se de mim"
O jornalista policial Gil Gomes protagonizou o seguinte diálogo durante a entrevista para esta reportagem:

- O que falta para o sr. voltar a trabalhar em sua área (policial) na TV?

- Falta você publicar seu texto (risos). Aí, talvez, eles se lembrem de mim.

O ex-repórter do "Aqui Agora" (SBT) atualmente faz participações no humorístico "Escolinha do Barulho", da Record. Profissional de rádio por origem, Gomes diz que em sua carreira "casualmente" trabalha em televisão, mas admite sentir saudades e faz uma aposta.

"As emissoras vão perceber que programas como o "Cidade Alerta", do (José Luiz) Datena, são necessários. E aí vão me procurar, pois faço isso muito bem."

Em caminhos diferentes, outros dois nomes do jornalismo mudaram de canal, mas não de nicho. Augusto Xavier, na Rede TV!, e Ferreira Netto, na CNT (canal 26, UHF), continuam nas funções que os consagraram.

Xavier apresenta o "Jornal da TV!" e vê vantagens em estar em uma emissora menor. "Antes, o horário dava traço no Ibope. Estamos conseguindo 8 pontos, em média. É bom participar de um trabalho assim, desde o começo", afirma.

O apresentador diz que deixou a Globo, onde comandou o "SP TV", por estar cansado: "Trabalhei em TV direto desde os 17 anos, queria fazer outras coisas". Em sua volta, passou pelo canal pago Multishow e pela extinta Manchete.

Às 23h45, de segunda a sexta, vai ao ar o "Programa Ferreira Netto". O apresentador, que passou "por todos os canais, menos pela Cultura", em suas próprias palavras, diz estar muito bem na CNT.

"Faço o que quero. Em emissoras que têm preocupação com ibope, os programas não são tão bons. O Jô (Soares) apresenta um humorístico com entrevistas, e a Gabi (Marília Gabriela) fica preocupada com "floricultura"."
(CLÁUDIA CROITOR e RODRIGO DIONISIO)
 

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