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30/03/2001 - 11h01

Xangai mostra vitalidade nordestina em show no interior de SP

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da Folha de S.Paulo

Hoje, em Campinas, Xangai tocará canções de seu próximo álbum, que deve ser lançado em maio -"Brasilerança". E é o neologismo "brasilerança" (não é brasileirança, ressalta o cantor), que Eugenio Azelino Lopes Souza, o Xangai, utiliza para descrever a origem e as principais influências de sua música, já que, embora trabalhe com as diversas linguagens musicais do Nordeste do Brasil e da Bahia, possui influências as mais variadas, como Vicente Celestino, Caetano Veloso, Cartola -artistas cujas canções fazem parte do repertório do músico-, Castro Alves e Florbela Espanca, poetas cujos versos já foram musicados por Xangai.

Os nordestinos são, no entanto, a referência fundamental, como o parceiro musical Elomar, com quem Xangai já gravou o clássico "Cantoria" (83), que também conta com a musicalidade de Geraldo Azevedo e Vital Farias.

Baiano, de Vitória da Conquista, Xangai, é autodidata, não lê partitura musical, o que não o impediu de gravar 18 discos, apresentar-se por quase todos os Estados do Brasil -"só não toquei em Santa Catarina e Roraima"- e tocar com artistas como Turíbio Santos, Paulo Moura, Arthur Moreira Lima, Renato Teixeira, Jaques Morelembaum.

Em entrevista à Folha, Xangai criticou a intensa massificação musical, e exemplificou com o fato de, mesmo após o forró ter se tornado um gênero de ampla divulgação na mídia, ele não ter recebido, com mais frequência, convites para tocar nos últimos três anos.

"Levei o Targino (Godim, autor o sucesso "Esperando na Janela", executado por Gilberto Gil na trilha sonora do filme "Eu, Tu, Eles") no KVA, em São Paulo, fizemos um espetáculo de show, um forró de altíssimo nível, mas o resultado disso faz você pensar que, às vezes, é melhor você se render aos desígnios do marketing, para ver se você consegue um resultado mais positivo em termos de exposição". "Eu continuo fazendo o meu trabalho, sem ter vergonha dele, bem feito, bacana", acrescentou.
 

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