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10/04/2001 - 04h39

Chico, Edu, João, Adriana e Lenine embalam o musical "Cambaio"

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VALMIR SANTOS, da Folha de S.Paulo

A Bela, o Cara e o Rato. A fã, o suposto popstar e o cambista. Os suburbanos corações desse triângulo amoroso estão em compasso de espera para entrar em cena daqui a dez dias, quando estréia em São Paulo, no
Sesc Vila Mariana, o aguardado musical "Cambaio".

O espetáculo reconduz para a luz da ribalta as canções de Chico Buarque e Edu Lobo, sob a batuta do diretor João Falcão e de Adriana Falcão, autores do roteiro, mais direção musical de Lenine.

O último trabalho conjunto de Chico e Edu no teatro foi "O Corsário do Rei" (1985), uma encenação de Augusto Boal. Ainda no campo das artes cênicas, destacam-se os balés "Grande Circo Místico" (1982-83), inspirado no poeta alagoano Jorge de Lima, com direção de Naum Alves de Souza, e "Dança da Meia-Lua" (1987-88), com textos do maranhense Ferreira Gullar e direção de Carlos Trincheiras.

A equipe de criação do novo musical vai falar sobre o processo do espetáculo em evento que acontece hoje e amanhã no Sesc Vila Mariana (as cerca de 400 vagas gratuitas estavam praticamente esgotadas ontem).
Hoje, na abertura, a mesa é formada por João Falcão, Adriana Falcão, Lenine e pela assistente de direção Tânia Nardini. Amanhã, é a vez de Chico e Edu.

Em "Cambaio", Chico entra com as letras, Edu com a música. São oito canções, todas inéditas. Desde janeiro, eles frequentam a ponte aérea Rio-São Paulo para acompanhar os ensaios no Sesc Vila Mariana.

Como revela o ensaio fotográfico do carioca Bruno Veiga, em parte reproduzido nesta página, Chico e Edu gostam de interagir com os 18 intérpretes (atores, cantores, dançarinos), selecionados entre cerca de 4.300 candidatos.

Ora na platéia ora no palco, bem-humorados, eles incorporam o espírito serelepe do elenco de jovens vindos de vários Estados (têm em média 25 anos).

Com mais de duas décadas de teatro, boa parte delas vivida em Recife, João Falcão se diz especialmente envolvido no projeto. O encenador de "A Dona da História", "Uma Noite na Lua" e "A Máquina", entre outras montagens, jamais teve oportunidade de experimentar um processo colaborativo, no qual as músicas e a encenação, por exemplo, caminhassem paralelamente, como obra aberta. "Sou um fazedor de espetáculos", afirma Falcão.

Para contar a história em que moças casadoiras buscam ídolos para realizar seus sonhos de contos de fada, "Cambaio" mira-se no coletivo, sem virtuoses. A idéia, segundo Falcão, é a da trupe contando a história, revezando papéis, inclusive tocando instrumentos dos músicos, e vice-versa.

Uma estrutura de ferro montada no palco, como as utilizadas para shows, serve de cenário para um espaço imaginário que pode sugerir uma rua ou um beco.

"Eu dei para sonhar que eu sou ele sonhando que sou eu sonhando que sou ele", diz o Rato-cambista metido a grã-fino, na frase que sintetiza a produção musical orçada em R$ 1,5 milhão.

ENCONTROS DE CAMBAIO - Mesa-redonda sobre o espetáculo "Cambaio".
Onde: Sesc Vila Mariana - teatro (r. Pelotas, 141).
Quando: hoje (João Falcão, Adriana Falcão, Lenine e Tânia Nardini) e amanhã (Chico Buarque e Edu Lobo), às 20h.
Quanto: grátis.
Inscrições: tel. 0/xx/ 11/5080-3101.
Patrocinador: Petrobras.
 

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