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10/04/2001 - 20h08

Carmina Burana: Saiba mais sobre Carl Orff, a obra e o espetáculo

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JOÃO BONTURI
especial para a Folha Online

Carl Orff (1895 - 1982) nasceu e viveu em Munique, na Alemanha, não se ausentando do país mesmo durante o nazismo e a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), o que lhe valeu uma série de cobranças, vindas sobretudo do exterior. É comparado a Stravinsky pela força primitiva da sua música.

O Presente do Olimpo

"A deusa Fortuna mostrou-me o seu sorriso, ao colocar em minhas mãos um catálogo publicado por um vendedor de livros antigos de Würzburg; nele, um título me atraiu pela sua força mágica: Carmina Burana."

Assim, Orff narra em suas memórias o primeiro contato com os poemas utilizados na sua mais famosa composição.

A Obra

Carmina Burana é uma peça que envolve música, canto coral, solistas e performances teatrais e circenses, estilizando uma festa popular medieval. Popularmente considerada uma cantata profana, é dividida em três partes:

- Primo Veri (Primavera), e Uf Dem Anger (No Campo)
- In Taberna (Na Taberna)
- Cour d'Amours (Corte do Amor), "Blanzifor et Helena" (Blanziflor e Helena)
"Fortuna Imperatrix Mundi" (Sorte, Imperatriz do Mundo)

Obra sensual e alegre, tem uma música anti-romântica, quase sem harmonia, baseada numa elementar forma rítmica. Na partitura original, é acompanhada por uma orquestra inédita, com a seção de percussão ampliada e vários pianos.

O Espetáculo

No Credicard Hall, Carmina Burana tem a direção artística e regência de Walter Haupt, um especialista em projetos musicais a céu aberto, que domina os efeitos especiais de última geração, utilizando água, fogo e luzes.

O cenógrafo e figurinista Mihail Tchernaev, exibe uma "Máquina Teatral", composta por uma enorme escultura de 15m de altura, simbolizando um corpo dentro do qual se passam as cenas da vida.

A estrutura, que comporta a performance de 40 artistas, foi projetada em quatro níveis, que podem ser utilizados simultaneamente ou não. No topo, há um disco móvel, metade rosto, metade sol.

Durante o espetáculo, a estrutura pode assumir diversas formas como uma roda, um veleiro, uma taverna e uma banheira gigante. Dela também brotam explosões pirotécnicas, efeitos especiais de neblina, chuvas, tempestades, ventos e nevascas.

Um figurino, com mais de 300 peças, é usado pelos 40 artistas ao longo da encenação, transformando-os de anjo em demônio, de padres em prostitutas, de monges em Vênus.

Esta é a segunda vez que Carmina Burana vem a São Paulo. Em 1995, foi apresentada para 45 mil pessoas, que lotaram o estádio do Pacaembu.

João Bonturi é professor de história do colégio Singular e do cursinho Singular-Anglo e colaborador da Folha Online

Ópera: Carmina Burana
Quando: dias 12, às 21h30; 13, às 22h; 14, às 16h e às 22h; 15, às 15h e às 20h; 17, às 21h30; 18, às 21h30; 19, às 21h30; 20, às 22h; 21, às 16h e às 22h; e 22 de abril, às 15h e às 20h
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, São Paulo)
Quanto: Platéia superior (setor 3): R$ 40,00; Platéia superior (setor 2): R$ 50,00; Platéia superior (setor 1): R$ 60,00; Poltronas (setor 2): R$ 100,00; Poltronas (setor 1): R$ 120,00; Cadeiras (setor 1): R$ 140,00; Cadeiras (setor 2): R$ 160,00; Cadeiras Vip: R$ 180,00; Camarote (setor 2): R$ 170,00; Camarote (setor 1): R$ 200,00
Informações: 0/xx/11/3191-0011

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  • Os poetas anônimos e o universo medieval
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