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11/04/2001 - 04h39

Crítica: Frisell lança seu segundo melhor disco

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da Folha de S.Paulo

"Blues Dream " é um CD com potencial para satisfazer fãs de jazz, blues e country. Pelas mesmas razões, pode despertar a ira desses mesmos fãs.
Em seu 20º trabalho, Bill Frisell continua se negando a fazer música para puristas. Azar o deles.

Deixam de desfrutar a beleza decorrente dessa leitura nada convencional do estilo centenário nascido às margens do rio Mississippi. No CD, tudo é feito com vagar e dá margem a climas que procuram simular a atmosfera dos sonhos. Daí o nome.

Esse CD traz o tipo de sofisticação harmônica que os guitarristas de jazz usariam, mas com uma abordagem muito mais próxima daquela que Jimi Hendrix faria.

Mas com certeza faltaria a Hendrix o conhecimento harmônico necessário para conseguir as sonoridades surpreendentes que Frisell extrai da inter-relação entre o som das guitarras e dos instrumentos de sopro.

Nisso reside o ovo de Colombo do guitarrista. Apesar de rica e variada em termos harmônicos, a música de Frisell soa familiar, e o ouvinte sente que algo de muito especial acontece desde a primeira faixa.

O sopro esparso do trompete de Ron Miles, o contraponto dos metais com as cordas de Greg Leisz e a cada vez mais sensual guitarra de Frisell se juntam para formar um alicerce sólido, mas cheio de espaços para improvisos.

Se não tivesse gravado "Nashville", sua obra-prima, em 95, "Blues Dream" seria o melhor disco na carreira de Frisell.
(EDSON FRANCO)

Blues Dream
Artista:
Bill Frisell
Lançamento: Warner
Quanto: Músico lança seu segundo melhor disco R$ 25, em média
 

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