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12/04/2001
-
09h55
JANAINA FIDALGO
da Folha Online
"O primeiro trabalho tem muito a ver com o atual." A frase, dita por Chico Buarque, exprime a relação entre o seu mais recente trabalho no teatro, o musical "Cambaio", e sua primeira experiência profissional, em 1966, com a peça "Morte e Vida Severina", que ficou em cartaz no Tuca, tradicional teatro de São Paulo.
"Quando vejo esta garotada no palco, me lembro da garotada do Tuca, quando foi montada 'Morte e Vida Severina'", disse o compositor, que participou na quarta-feira à noite de uma apresentação sobre o processo de criação do musical no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.
Para ele, a semelhança entre os espetáculos fica evidente quando vê os intérpretes em cena. "A vibração, a entrega dos atores no palco é muito tocante, é emocionante como foi naquela época", disse.
Para fazer "Cambaio", Chico Buarque se juntou a Edu Lobo, João Falcão, Adriana Falcão e Lenine, que escolheram 18 entre 4.000 candidatos, todos anônimos, com disposição nova para o trabalho.
O musical deve estrear no dia 20 em São Paulo.
Censura
Chico lembrou também de outra passagem, não tão feliz, quando a peça "Calabar - O Elogio da Traição", de 1973, não entrou em cartaz em razão da censura imposta pelo regime militar.
"Calabar ficou pronta porque foi aprovada pela censura, mas no dia do ensaio antes da estréia, quando os censores iam assistir para conferir se nada tinha sido alterado, isto não aconteceu. A censura não aparecia e depois de algumas semanas ficou evidente que a peça não seria liberada, só que eles (censura) não queriam assumir", afirmou.
Até mesmo o disco correspondente, segundo ele, que falou para uma platéia, foi alterado. Saiu com capa neutra e nome diferente do original, de "Chico Canta Calabar" para "Chico Canta".
Para o compositor, trabalhar sem a censura, no caso de "Cambaio", é o "normal".
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da Folha Online
"O primeiro trabalho tem muito a ver com o atual." A frase, dita por Chico Buarque, exprime a relação entre o seu mais recente trabalho no teatro, o musical "Cambaio", e sua primeira experiência profissional, em 1966, com a peça "Morte e Vida Severina", que ficou em cartaz no Tuca, tradicional teatro de São Paulo.
"Quando vejo esta garotada no palco, me lembro da garotada do Tuca, quando foi montada 'Morte e Vida Severina'", disse o compositor, que participou na quarta-feira à noite de uma apresentação sobre o processo de criação do musical no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.
Para ele, a semelhança entre os espetáculos fica evidente quando vê os intérpretes em cena. "A vibração, a entrega dos atores no palco é muito tocante, é emocionante como foi naquela época", disse.
Para fazer "Cambaio", Chico Buarque se juntou a Edu Lobo, João Falcão, Adriana Falcão e Lenine, que escolheram 18 entre 4.000 candidatos, todos anônimos, com disposição nova para o trabalho.
O musical deve estrear no dia 20 em São Paulo.
Censura
Chico lembrou também de outra passagem, não tão feliz, quando a peça "Calabar - O Elogio da Traição", de 1973, não entrou em cartaz em razão da censura imposta pelo regime militar.
"Calabar ficou pronta porque foi aprovada pela censura, mas no dia do ensaio antes da estréia, quando os censores iam assistir para conferir se nada tinha sido alterado, isto não aconteceu. A censura não aparecia e depois de algumas semanas ficou evidente que a peça não seria liberada, só que eles (censura) não queriam assumir", afirmou.
Até mesmo o disco correspondente, segundo ele, que falou para uma platéia, foi alterado. Saiu com capa neutra e nome diferente do original, de "Chico Canta Calabar" para "Chico Canta".
Para o compositor, trabalhar sem a censura, no caso de "Cambaio", é o "normal".
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