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13/04/2001 - 10h50

Crítica: Pato Fu tem mais personalidade do que imagina

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PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S. Paulo

O Pato Fu já é detentor de um feito histórico: vem construindo uma trajetória coerente de banda pop. Para isso, se valem da discrição, do desinteresse pelo exibicionismo, da preocupação artística com a imagem. À serenidade do Pato deve se aderir, já desde três discos, a imagem do produtor Dudu Marote. Ele está de novo em "Ruído Rosa" e transfere ao CD (à banda nem tanto) seus atributos e deficiências.

A qualidade de produção é transparente, mas ouvir "Ruído Rosa" é notar aqui Blur, ali Radiohead, acolá Björk, num cantinho Mundo Livre S.A., por aí Legião Urbana; é se lembrar aleatoriamente (ou não?) de Lou Reed, Marianne Faithfull, Gal Costa, Mutantes, Rita Lee jovem, Rita Lee coroa, Luiz Melodia, Lulu Santos...

O Pato Fu continua sendo uma banda que muda muito de disco a disco -já pareceu Ratos de Porão, Mutantes, Mamonas Assassinas, Legião Urbana, Pizzicato Five...

Hoje parece mais Pato Fu, porque o decalque de vários modos de fazer música um dia acaba virando cara própria.

"Ruído Rosa" é parque de diversões, evocando Radiohead ("Ninguém"), Mutantes ("Day After Day") e Rita Lee ("Eu"), Mundo Livre S.A. ("Tribunal de Causas Realmente Pequenas"), Edgard Scandurra ("Tolices"), Erasmo Carlos ("Sorria, Você Está Sendo Filmado") etc. Talvez nem eles próprios confiem em sua personalidade. Mas que a têm, têm.

CD: Ruído Rosa
Grupo: Pato Fu
Lançamento: BMG
Quanto: R$ 25, em média
 

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