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25/04/2001
-
12h22
ANA CÂNDIDA DE AVELAR
da Folha de S.Paulo
Linhas leves e sutis num azul-marinho que beira o preto delineiam árvores e montanhas. A obra de Monica Sartori, exposta a partir de hoje na galeria Múltipla de Arte, traz a paisagem mais essencial e sintética ao espectador.
"Escolhi a paisagem para desenvolver trabalhos com meu elemento gráfico preferido", diz Sartori, 44, que foi aluna do artista plástico Amilcar de Castro e já participou de exposições como a Trienal de Desenho Contemporâneo, em Nuremberg, Alemanha (1985), a Bienal Internacional de São Paulo de 1989 e a Bienal de Havana (Cuba) de 2000. "Essas linhas são a essência da vida, portanto ascendentes. Só são descendentes quando remetem a capilares", afirma a artista plástica.
Sua obra pretende-se como referência à vida, daí a definição da fase atual como um "encontro com a vida" -espiritual, entenda-se. A tela "Capilares" (2001) é a única a apresentar linhas descendentes, que, como as raízes de uma árvore, carregam a seiva, para a artista, a essência vital.
Sartori inspira-se nos mantras tibetanos para mostrar esse "encontro". Na obra "Mantras/ Orações aos 4 Elementos" (tinta silk sobre voal, 2001), panos leves e brancos cobertos por desenhos que remetem aos elementos ar, água, terra e fogo são suspensos por finos bastões de metal balançando ao sabor do vento. "A intenção é que os "mantras" sejam levados como orações carregadas pelo vento."
Há na composição delicada de traços simples e finos algo mais da tradição oriental. A meditação aparece no conjunto em "Montanha-Meditação" (vinílica e acrílica sobre tela, 2001), na qual as linhas antes verticais (como as raízes de "Capilares") cedem espaço às horizontais, que lembram tanto montanhas quanto mares.
A questão é como Sartori consegue traduzir para as telas o encontro de si mesma por meio de paisagens. As linhas verticais e horizontais transmitem serenidade. As obras descansam o olhar de quem as contempla. "Não há mais agressividade em meu trabalho."
A intenção da artista é clara: encontrar-se consigo numa placidez que está presente na exposição.
O quê: Monica Sartori - Exposição de oito pinturas, 12 desenhos e quatro panos
Onde: galeria Múltipla de Arte (av. Morumbi, 7.986, tel. 241-0157)
Quando: a partir de hoje, às 20h; seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 14h; até 12/5
Quanto: grátis
Exposição reúne telas, tecidos e papel com inspirações orientais
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da Folha de S.Paulo
Linhas leves e sutis num azul-marinho que beira o preto delineiam árvores e montanhas. A obra de Monica Sartori, exposta a partir de hoje na galeria Múltipla de Arte, traz a paisagem mais essencial e sintética ao espectador.
"Escolhi a paisagem para desenvolver trabalhos com meu elemento gráfico preferido", diz Sartori, 44, que foi aluna do artista plástico Amilcar de Castro e já participou de exposições como a Trienal de Desenho Contemporâneo, em Nuremberg, Alemanha (1985), a Bienal Internacional de São Paulo de 1989 e a Bienal de Havana (Cuba) de 2000. "Essas linhas são a essência da vida, portanto ascendentes. Só são descendentes quando remetem a capilares", afirma a artista plástica.
Sua obra pretende-se como referência à vida, daí a definição da fase atual como um "encontro com a vida" -espiritual, entenda-se. A tela "Capilares" (2001) é a única a apresentar linhas descendentes, que, como as raízes de uma árvore, carregam a seiva, para a artista, a essência vital.
Sartori inspira-se nos mantras tibetanos para mostrar esse "encontro". Na obra "Mantras/ Orações aos 4 Elementos" (tinta silk sobre voal, 2001), panos leves e brancos cobertos por desenhos que remetem aos elementos ar, água, terra e fogo são suspensos por finos bastões de metal balançando ao sabor do vento. "A intenção é que os "mantras" sejam levados como orações carregadas pelo vento."
Há na composição delicada de traços simples e finos algo mais da tradição oriental. A meditação aparece no conjunto em "Montanha-Meditação" (vinílica e acrílica sobre tela, 2001), na qual as linhas antes verticais (como as raízes de "Capilares") cedem espaço às horizontais, que lembram tanto montanhas quanto mares.
A questão é como Sartori consegue traduzir para as telas o encontro de si mesma por meio de paisagens. As linhas verticais e horizontais transmitem serenidade. As obras descansam o olhar de quem as contempla. "Não há mais agressividade em meu trabalho."
A intenção da artista é clara: encontrar-se consigo numa placidez que está presente na exposição.
O quê: Monica Sartori - Exposição de oito pinturas, 12 desenhos e quatro panos
Onde: galeria Múltipla de Arte (av. Morumbi, 7.986, tel. 241-0157)
Quando: a partir de hoje, às 20h; seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 14h; até 12/5
Quanto: grátis
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