Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/04/2001 - 04h50

Cássia Eller está "na paz" com rapper Xis

Publicidade

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

Na metade inédita do CD "Acústico MTV" de Cássia Eller, que sai agora, está o rap paulistano "De Esquina", que a cantora leva com três percussionistas da pernambucana Nação Zumbi e com o autor da música, Xis. A letra fala sobre fissura por cocaína, e comemora: "Eu tô na paz".

A história tem seu lado pessoal, diz Cássia, 38. "Quando me mostraram essa música, eu estava fazendo tratamento de desintoxicação de cocaína, que durou de 98 a 2000. Encontrei Jesus, sigo com ele até hoje, limpinha", conta, entre gargalhadas.

"Estava me atrapalhando muito, a ponto de perder compromissos, ver a voz indo para a cucuia, irritar o pessoal da banda. Tinha criança dentro de casa, minha mulher não estava gostando. Fui eu mesma que quis fazer, foi legal", resume.

A fase "limpa" se consuma em momento de tranquilidade e acomodação: violões e percussões, canções calmas, terceiro disco ao vivo, segundo acústico, mais uma vez as regravações dos
sucessos "Malandragem", "E.C.T.", "Por Enquanto", "O Segundo Sol", "Nós", "1º de Julho".

Cássia defende a redundância: "Não gosto muito de fazer disco de estúdio, me sinto pouco à vontade. Na hora de colocar a voz definitiva sofro para caramba, às vezes tenho de repetir oito vezes. Os técnicos opinam, não gosto. Gosto de fazer disco ao vivo".

E sobre as insistentes regravações? "Nando Reis (produtor do acústico com Luiz Brasil) ficou preocupado com isso, mas Jimi Hendrix gravou várias vezes "Hey Joe". Acho que está dentro".

Justifica a escolha de "Non, Je Ne Regrete Rien", sucesso com Edith Piaf, para abrir o acústico: "Nando tinha em mente fazia tempo, mas estava receoso de me falar. Quando falou, nem precisou me convencer.
Edith Piaf é exagerada na pronúncia das palavras, me identifico com isso".

Uma artista fácil de ser convencida? "Não sou fácil, não. Nando levou dois anos me convencendo a gravar "Queremos Saber", do Gil. Eu travava um pouco no jeito de cantar, achava que não combinava. Só facilitou quando ouvi a gravação do Erasmo Carlos. Nando também me levou o disco do Riachão, mas havia apontado outra música. Pirei com "Vá Morar com o Diabo", gravei essa".

Nem tudo é como Cássia queria no acústico. "Minha idéia inicial era que os percussionistas da Nação Zumbi fizessem o show inteiro. A percussão seria o lance forte, como acabou sendo mesmo, mas não com a Nação. As coisas vão andando, no ensaio nunca é mais como na teoria", explica, vaga.

ACÚSTICO MTV
De: Cássia Eller
Gravadora: Universal
R$ 25 (em média)
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página