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05/05/2001
-
04h27
INÊS BOGÉA
da Folha de S.Paulo
Iniciando o ciclo mensal "Dança em Pauta", do Centro Cultural do Banco do Brasil, Roberto Ramos apresentou seus "Estados de Densidade" no último domingo.
Este poderia ser um título alternativo do espetáculo, que faz da força gravitacional um coadjuvante em cena: o invisível tornado visível pelas densidades de movimento do corpo.
Dividido em quatro seções, acompanhadas e intermediadas por música new age, o trabalho inteiro articula estruturas do espaço, compreendido como campo gravitacional.
Em "Bright", Ramos retira a noção de gravidade do corpo -os movimentos são visualizados apenas por segundos, quando flashes de luz são disparados. Imagens se criam no ar, eliminando a sensação de peso.
Já em "Anima" o espaço é dividido em três planos: baixo, médio e alto. E o corpo dança por eles assim como a "alma" cumpre o seu ciclo junguiano de nascimento e morte. Vale dizer que a falta de gravidade da primeira cena se rende a uma entrega completa na última.
Em "Substractum", limitado por um retângulo de luz, Ramos mantém seu corpo de frente para a platéia, com torções e movimentos amplos dos braços, em diferente dinâmicas. Aqui, como sempre, os movimentos e sons se repetem como mantras.
Há um risco, nessas repetições, de que o instigante se torne lugar-comum ou esoterismo, risco que será maior ou menor de acordo com o temperamento de quem vê, mais do que de quem dança.
Outro tipo de risco e outro tipo de dança marcam a longa e produtiva carreira de Renée Gumiel, que aos 87 anos segue questionando os limites do corpo.
Gumiel tem participação especial em "S". É ela quem dá início ao espetáculo, num monólogo sobre "passagem, continuidade, energia", acompanhado de uma dança expressiva das mãos.
Do ritual falado, se "passa" então às continuidades e à energia do movimento espiral, foco concreto e metafórico de "S".
O "Feminino na Dança" se encerra domingo e privilegia a pesquisa e a experimentação. Homenageia assim, a marcante figura de Renée Gumiel para
a dança no Brasil.
Dança: Força da gravidade surge em Roberto Ramos
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da Folha de S.Paulo
Iniciando o ciclo mensal "Dança em Pauta", do Centro Cultural do Banco do Brasil, Roberto Ramos apresentou seus "Estados de Densidade" no último domingo.
Este poderia ser um título alternativo do espetáculo, que faz da força gravitacional um coadjuvante em cena: o invisível tornado visível pelas densidades de movimento do corpo.
Dividido em quatro seções, acompanhadas e intermediadas por música new age, o trabalho inteiro articula estruturas do espaço, compreendido como campo gravitacional.
Em "Bright", Ramos retira a noção de gravidade do corpo -os movimentos são visualizados apenas por segundos, quando flashes de luz são disparados. Imagens se criam no ar, eliminando a sensação de peso.
Já em "Anima" o espaço é dividido em três planos: baixo, médio e alto. E o corpo dança por eles assim como a "alma" cumpre o seu ciclo junguiano de nascimento e morte. Vale dizer que a falta de gravidade da primeira cena se rende a uma entrega completa na última.
Em "Substractum", limitado por um retângulo de luz, Ramos mantém seu corpo de frente para a platéia, com torções e movimentos amplos dos braços, em diferente dinâmicas. Aqui, como sempre, os movimentos e sons se repetem como mantras.
Há um risco, nessas repetições, de que o instigante se torne lugar-comum ou esoterismo, risco que será maior ou menor de acordo com o temperamento de quem vê, mais do que de quem dança.
Outro tipo de risco e outro tipo de dança marcam a longa e produtiva carreira de Renée Gumiel, que aos 87 anos segue questionando os limites do corpo.
Gumiel tem participação especial em "S". É ela quem dá início ao espetáculo, num monólogo sobre "passagem, continuidade, energia", acompanhado de uma dança expressiva das mãos.
Do ritual falado, se "passa" então às continuidades e à energia do movimento espiral, foco concreto e metafórico de "S".
O "Feminino na Dança" se encerra domingo e privilegia a pesquisa e a experimentação. Homenageia assim, a marcante figura de Renée Gumiel para
a dança no Brasil.
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