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07/05/2001
-
10h09
SÉRGIO D'AVILA
DA Folha de S.Paulo, em Nova York
Dois príncipes dominam o menos comportado circuito off-Broadway. Um deles é Macaulay Culkin, o perturbado ex-regente de Hollywood. O outro é Hamlet, aquele mesmo, o perturbado nobre da Dinamarca.
O menininho de "Esqueceram de Mim", que dominou as bilheterias do cinema infantil no começo dos anos 90, volta à cidade na peça "Madame Melville", com 20 anos nas costas e fumando dois maços de cigarro por dia.
Culkin, que não faz filme desde 1995, saiu de Nova York depois de processar o pai, se separar da mulher com dois meses de casamento e ver o apartamento da família pegar fogo. Continua amigo de Michael Jackson, porém.
Em "Melville", peça de Richard Nelson, interpreta um rapaz de 15 anos que se apaixona por sua professora. Clichê, clichê, mas o menino não decepciona. Já o "Hamlet" de Peter Brooks, ou "A Tragédia de Hamlet", como o britânico a rebatizou, tem o ator negro Adrian Lester no papel principal, muita graça e um elenco formado por minorias. O príncipe de Shakespeare que quer vingar a morte do pai, assassinado pelo tio, ganha montagem leve a partir já do cenário, de tatames e almofadas.
Mas é nas mãos de Lester, um dos melhores atores de sua geração, ponto, que Hamlet perde o histrionismo de tantas montagens equivocadas e "homenagens" sem imaginação e, para variar, vira alguém como eu e você.
O texto original ganha apostos bem colocados. E revela um Polônio pela primeira vez engraçado, graças a Bruce Mayer, aliás a cara do brasileiríssimo Older Cazarré, de "Feijão Maravilha".
Circuito off-Broadway tem Hamlet e Culkin
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DA Folha de S.Paulo, em Nova York
Dois príncipes dominam o menos comportado circuito off-Broadway. Um deles é Macaulay Culkin, o perturbado ex-regente de Hollywood. O outro é Hamlet, aquele mesmo, o perturbado nobre da Dinamarca.
O menininho de "Esqueceram de Mim", que dominou as bilheterias do cinema infantil no começo dos anos 90, volta à cidade na peça "Madame Melville", com 20 anos nas costas e fumando dois maços de cigarro por dia.
Culkin, que não faz filme desde 1995, saiu de Nova York depois de processar o pai, se separar da mulher com dois meses de casamento e ver o apartamento da família pegar fogo. Continua amigo de Michael Jackson, porém.
Em "Melville", peça de Richard Nelson, interpreta um rapaz de 15 anos que se apaixona por sua professora. Clichê, clichê, mas o menino não decepciona. Já o "Hamlet" de Peter Brooks, ou "A Tragédia de Hamlet", como o britânico a rebatizou, tem o ator negro Adrian Lester no papel principal, muita graça e um elenco formado por minorias. O príncipe de Shakespeare que quer vingar a morte do pai, assassinado pelo tio, ganha montagem leve a partir já do cenário, de tatames e almofadas.
Mas é nas mãos de Lester, um dos melhores atores de sua geração, ponto, que Hamlet perde o histrionismo de tantas montagens equivocadas e "homenagens" sem imaginação e, para variar, vira alguém como eu e você.
O texto original ganha apostos bem colocados. E revela um Polônio pela primeira vez engraçado, graças a Bruce Mayer, aliás a cara do brasileiríssimo Older Cazarré, de "Feijão Maravilha".
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