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16/05/2001 - 22h09

Espanha chega à Bienal com 70 mil títulos por ano, 40 mil, inéditos

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ELLEN SOARES
free-lance para a Folha Online

Fóruns de debates, entrega de prêmios, noite de autógrafos e café literário são os destaques da 10ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que vai homenagear a Espanha, país que possui 40 milhões de habitantes e que, somente em 1999, lançou 70 mil títulos, 40 mil deles, inéditos.

Os promotores do evento, que acontece desde 1983, esperam receber um publico de 450 mil pessoas. A Bienal é lançada nesta quinta-feira, dia 17, e vai até o próximo dia 27 de maio.

O presidente do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Paulo Rocco fez inúmeros elogios à delegação de autores e editores espanhóis, todos convidados de honra do evento.

Fernando L. Lanzas, diretor-geral de Arquivos e Bibliotecas da Espanha, disse que existe um grande interesse dos editores espanhóis no mercado brasileiro porque "o Brasil é um país de dimensões continentais".

"Adoraríamos trabalhar mais com o Brasil, mas existem algumas diferenças, o preço de nosso livro está abaixo de US$ 10 e também o território natural de um editor e escritor é sua língua."

Do total de 6.000 traduções editadas em seu país em 99, infelizmente, apenas 1%, segundo ele, foram dedicados à língua portuguesa. "Somos o quinto mercado editorial porque compartilhamos a língua com um grande número de países da América latina e há muita diversidade (diferentes áreas). Em relação à atividade editorial, o mais freqüente é a compra de direitos autorais para outra língua e um dos desafios a vencer é conseguir fazer uma internacionalização adequada", disse.

Abertura de mercado

"Há um interesse em internacionalizar a Espanha. É uma prioridade política a abertura de Espanha com o continente europeu, americano e o resto do mundo. Há um interesse no setor editorial, uma política de apoio público, isso explica a presença da Espanha na Bienal. Existem programas culturais que difundem a realidade cultural espanhola, com investimentos na ordem de um milhão de reais metade desse dinheiro será gasto na bienal e o restante no decorrer do ano."

Já o escritor Antônio Soler afirmou que há poucas traduções de autores brasileiros para o espanhol e de espanhóis para o Brasil.

"Existem muitas semelhanças entre os dois países, mas o Brasil fica um pouco esquecido e esse vazio que existe acaba sendo suprido por argentinos e caribenhos", disse.

Antonio Soler é roteirista de televisão e jornalista e nasceu em Málaga, na Espanha, em 1956. Ele tem três romances publicados e um livro de contos. Recebeu alguns mais importantes prêmios literários da Espanha: o prêmio Heralde e o da Crítica por seu romance "As Dançarinas Mortas", publicado no Brasil em 1998, e o Prêmio da Primavera, com seu último livro, "El nombre que ahora digo", ainda sem versão brasileira. Seus romances já foram traduzidos para várias línguas, como francês, italiano, grego, alemão e romeno.

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