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17/05/2001 - 04h07

Editoras brasileiras lançam 1.200 títulos

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ANTONIO CARLOS DE FARIA
da Folha de S.Paulo, no Rio

A 10ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que começa hoje e vai até o dia 27, lança cerca de 1.200 novos títulos de editoras brasileiras.

Diante desse quadro de vitalidade, dois escritores convidados, um angolano e outro português, cobram do Brasil um maior esforço para a difusão da língua portuguesa no mundo.

José Eduardo Agualusa, 40, angolano, e o lisboeta José Riço Direitinho, 35 (leia entrevistas abaixo), estão na bienal para o lançamento de suas obras. Eles afirmam que o Brasil, devido às suas dimensões e importância no cenário mundial, tem a missão de propagar a língua e a cultura lusófona -que se origina em países que falam o português.

Agualusa lança o romance "Um Estranho em Goa", no qual narra uma viagem à ex-colônia portuguesa na Índia. Direitinho apresenta o "Breviário das Más Inclinações", em que traça um cenário do mundo rural português nos anos 30. Ambos participam de um debate na bienal, dia 21, dedicado aos novos escritores.

"O Brasil deveria fazer muitíssimo mais pela divulgação de nossa língua. É inconcebível que não exista nenhuma instituição equivalente ao Instituto Camões (Portugal), ao Cervantes (Espanha), à Aliança Francesa (França), ao Instituto Goethe (Alemanha)", diz Agualusa, autor de nove livros e há três anos morando no Rio.

As instituições citadas por ele apóiam a disseminação da cultura de seus países no exterior, por meio da publicação de livros, exposições de arte e estimulando o ensino de suas línguas.

A análise de Agualusa é apoiada por Direitinho, no Brasil pela primeira vez. "O Brasil deveria aproveitar melhor o interesse natural que há por sua cultura no mundo para firmar o prestígio de sua língua, beneficiando todos os outros países lusófonos".

Para Nélida Piñon, 64, membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), falta uma política cultural sistemática, com o objetivo de fortalecer a língua portuguesa no Brasil e no exterior. "Proponho a criação de um Instituto Machado de Assis. É preciso entender que os países que se preocupam em difundir sua cultura são os que também querem ter sucesso nos negócios".

O presidente da ABL, Tarcísio Padilha, 73, considera que já vem sendo feito um esforço para o fortalecimento da cultura lusófona, implementado a partir de 96 pela formação da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

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