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20/05/2001
-
04h43
SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo
A proposta tem nome imponente -Direitos Humanos na Tela-, é sustentada por cinco organizações -institutos Sou da Paz e Imagem Viva, Consórcio Universitário pelos Direitos Humanos, Ilanud (órgão da ONU) e Cidade Escola Aprendiz- e terá não uma, mas duas aberturas.
A primeira ocorre hoje, com a exibição do documentário em longa-metragem "A Negação do Brasil", de Joel Zito Araújo, na escola estadual Presidente Café Filho, no Capão Redondo. Na terça, nova sessão do mesmo filme, no cine Vitrine, também terá status de inauguração, ao menos do ponto de vista dos organizadores.
Mas o movimento que propõe a ampliação do debate sobre direitos humanos com impulso do cinema resume-se, por enquanto, ao pontapé inicial. "Temos a idéia de promover uma sessão itinerante por mês e de organizar um festival no fim do ano. Mas não há nada acertado por enquanto. Estamos no momento de alavancar apoios e recursos", diz José Marcelo Zacchi, 25, diretor de projetos do instituto Sou da Paz.
"A Negação do Brasil", filme vencedor da competição nacional do 6º Festival É Tudo Verdade, realizado no último mês de abril, trata da imagem do negro na telenovela brasileira. Zacchi diz que a temática racial é uma das pertinentes ao objetivo central da iniciativa Direitos Humanos na Tela: "Queremos propor um debate menos estigmatizado sobre direitos humanos. Há uma visão distorcida de que a defesa dessa bandeira é levantada só em favor de bandidos, quando, na verdade, todas as camadas da população são atingidas pela necessidade de defesa dos direitos humanos".
Como símbolo da abrangência almejada e "dos valores da tolerância e da convivência", o movimento optou por promover suas sessões inaugurais no Capão Redondo -"uma região de exclusão social e violência, mas também de intensa mobilização social", segundo Zacchi, e no Vitrine, "endereço associado à elite".
Coquetel e debate com o autor do filme e Oscar Vilhena, representante do Ilanud; Kall, da associação comunitária Posse Conceitos de Rua, do Capão; Maria Aparecida da Silva, representante da organização Geledés/Geração 21, estão programados para o Vitrine. Hoje, no Capão, a platéia será convidada a discutir o assunto com o cineasta.
A NEGAÇÃO DO BRASIL
Brasil, 2001
Direção: Joel Zito Araújo
Onde: escola estadual Presidente Café Filho (r. Gastão Raul de Fourton Bousquet, 401, Jardim Ipê, Capão Redondo), hoje, às 18h, e cine Vitrine (r. Augusta, 2.530, Jardins, tel. 3085-7684), terça, às 20h.
Cinema é pretexto para discutir direitos
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da Folha de S.Paulo
A proposta tem nome imponente -Direitos Humanos na Tela-, é sustentada por cinco organizações -institutos Sou da Paz e Imagem Viva, Consórcio Universitário pelos Direitos Humanos, Ilanud (órgão da ONU) e Cidade Escola Aprendiz- e terá não uma, mas duas aberturas.
A primeira ocorre hoje, com a exibição do documentário em longa-metragem "A Negação do Brasil", de Joel Zito Araújo, na escola estadual Presidente Café Filho, no Capão Redondo. Na terça, nova sessão do mesmo filme, no cine Vitrine, também terá status de inauguração, ao menos do ponto de vista dos organizadores.
Mas o movimento que propõe a ampliação do debate sobre direitos humanos com impulso do cinema resume-se, por enquanto, ao pontapé inicial. "Temos a idéia de promover uma sessão itinerante por mês e de organizar um festival no fim do ano. Mas não há nada acertado por enquanto. Estamos no momento de alavancar apoios e recursos", diz José Marcelo Zacchi, 25, diretor de projetos do instituto Sou da Paz.
"A Negação do Brasil", filme vencedor da competição nacional do 6º Festival É Tudo Verdade, realizado no último mês de abril, trata da imagem do negro na telenovela brasileira. Zacchi diz que a temática racial é uma das pertinentes ao objetivo central da iniciativa Direitos Humanos na Tela: "Queremos propor um debate menos estigmatizado sobre direitos humanos. Há uma visão distorcida de que a defesa dessa bandeira é levantada só em favor de bandidos, quando, na verdade, todas as camadas da população são atingidas pela necessidade de defesa dos direitos humanos".
Como símbolo da abrangência almejada e "dos valores da tolerância e da convivência", o movimento optou por promover suas sessões inaugurais no Capão Redondo -"uma região de exclusão social e violência, mas também de intensa mobilização social", segundo Zacchi, e no Vitrine, "endereço associado à elite".
Coquetel e debate com o autor do filme e Oscar Vilhena, representante do Ilanud; Kall, da associação comunitária Posse Conceitos de Rua, do Capão; Maria Aparecida da Silva, representante da organização Geledés/Geração 21, estão programados para o Vitrine. Hoje, no Capão, a platéia será convidada a discutir o assunto com o cineasta.
A NEGAÇÃO DO BRASIL
Brasil, 2001
Direção: Joel Zito Araújo
Onde: escola estadual Presidente Café Filho (r. Gastão Raul de Fourton Bousquet, 401, Jardim Ipê, Capão Redondo), hoje, às 18h, e cine Vitrine (r. Augusta, 2.530, Jardins, tel. 3085-7684), terça, às 20h.
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