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21/05/2001
-
09h17
da France Presse, em Cannes (França)
O triunfo do cinema europeu em uma premiação que "recompensou a emoção" mas também "a audácia" é destacado esta segunda-feira pela imprensa francesa, após o encerramento ontem do Festival de Cannes, que deu sua Palma de Ouro a "O Quarto do Filho" (título provisório em português) do italiano Nanni Moretti e três prêmios ao filme "A Pianista", do austríaco Michael Haneke.
O polêmico filme de Haneke ganhou o Grande Prêmio do Júri e os dois prêmios de interpretação, para os franceses Isabelle Huppert e Benoit Magimel. O prêmio ao melhor roteiro foi para outro diretor europeu, o bósnio Danis Tanovic, por "No Man's Land".
"A Europa dominou inquestionavelmente a competição" neste festival, escreveu o jornal "Le Figaro", ressaltando que os cineastas europeus "manifestaram um dinamismo criador apaixonante" em um panorama "muito rico, ao mesmo tempo diverso e surpreendentemente coerente".
"Anunciaram o retorno com toda força dos norte-americanos, que foram interessantes, mas não extraordinariamente marcantes", acrescenta o jornal, estimando que "paradoxalmente os grandes estúdios (com os filmes "Moulin Rouge" e "Shrek") se mostraram mais inventivos e originais que os independentes".
O cinema norte-americano ganhou o prêmio para a melhor direção, que foi cmpartilhado por Joel Coen ("The Man Who Wasn't There") e David Lynch ("Mulholland Drive").
O jornal "Nice-Matin", destacando a aprovação unânime à vitória de Moretti, estimou porém que "os três prêmios concedidos ao filme 'A Pianista' obrigaram o júri a uma opção cruel, o fato de que pelo menos três dos filmes mais noitáveis desta edição" não figurassem na premiação: "Kandahar", de Makhmalbaf, "The Pledge", de Sean Penn, e "Volto para Casa", de Manoel de Oliveira.
Imprensa francesa destaca triunfo do cinema europeu em Cannes
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O triunfo do cinema europeu em uma premiação que "recompensou a emoção" mas também "a audácia" é destacado esta segunda-feira pela imprensa francesa, após o encerramento ontem do Festival de Cannes, que deu sua Palma de Ouro a "O Quarto do Filho" (título provisório em português) do italiano Nanni Moretti e três prêmios ao filme "A Pianista", do austríaco Michael Haneke.
O polêmico filme de Haneke ganhou o Grande Prêmio do Júri e os dois prêmios de interpretação, para os franceses Isabelle Huppert e Benoit Magimel. O prêmio ao melhor roteiro foi para outro diretor europeu, o bósnio Danis Tanovic, por "No Man's Land".
"A Europa dominou inquestionavelmente a competição" neste festival, escreveu o jornal "Le Figaro", ressaltando que os cineastas europeus "manifestaram um dinamismo criador apaixonante" em um panorama "muito rico, ao mesmo tempo diverso e surpreendentemente coerente".
"Anunciaram o retorno com toda força dos norte-americanos, que foram interessantes, mas não extraordinariamente marcantes", acrescenta o jornal, estimando que "paradoxalmente os grandes estúdios (com os filmes "Moulin Rouge" e "Shrek") se mostraram mais inventivos e originais que os independentes".
O cinema norte-americano ganhou o prêmio para a melhor direção, que foi cmpartilhado por Joel Coen ("The Man Who Wasn't There") e David Lynch ("Mulholland Drive").
O jornal "Nice-Matin", destacando a aprovação unânime à vitória de Moretti, estimou porém que "os três prêmios concedidos ao filme 'A Pianista' obrigaram o júri a uma opção cruel, o fato de que pelo menos três dos filmes mais noitáveis desta edição" não figurassem na premiação: "Kandahar", de Makhmalbaf, "The Pledge", de Sean Penn, e "Volto para Casa", de Manoel de Oliveira.
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