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24/05/2001 - 21h00

Hosmany Ramos pede para governo reabrir o massacre do Carandiru

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MARCELO BARTOLOMEI
enviado especial ao Rio

O cirurgião plástico Hosmany Ramos traz no livro "Pavilhão 9" um relato inédito de um sobrevivente do massacre que matou 111 presos em 1992 na Casa de Detenção, o Carandiru, em São Paulo. O médico pretende incentivar com o livro que o governo do Estado reabra as investigações dos assassinatos dos presos.

Ramos citou Glauber Rocha para dizer que não tem medo de voltar a falar do Carandiru nem de contar como é a vida nos presídios paulistas: "eu estou preso e não tenho medo", disse. "Espero que as pessoas que leiam meu livro entendam que eu estou construindo alguma coisa com ele. Eu não estou escrevendo um livro para denunciar. Quero trazer à baila um acontecimento que foi marcante na história brasileira."

Durante a videoconferência que marcou o lançamento de "Pavilhão 9" na Bienal do Livro do Rio, realizada via satélite da penitenciária de Araraquara (SP), ele informou que um vizinho de cela havia escrito um relato que questionava o número real de mortos no massacre.

Segundo Ramos, o preso Carlos Alberto Ferrari, matrícula 78.910, está disposto a falar do assunto. Para ele, que trabalhava na época no Carandiru, o número de mortos ultrapassa 400.

"Seria oportuno o [Geraldo] Alckmin [governador do Estado] e o secretário de Assuntos Penitenciários [Nagashi Furukawa] reabrirem essa polêmica e os arquivos da Coesp [Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado de São Paulo] para mostrar quantos foram mortos no massacre da Detenção. Acho que o povo de São Paulo tem o desejo de saber o número de mortos", afirmou o preso.

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