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27/05/2001 - 11h26

Walcyr Carrasco enfrenta novo desafio com "A Padroeira"

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CRISTIAN KLEIN
da Folha de S.Paulo, no Rio

Que o horário das seis sempre foi o mais indicado para as novelas de época, todo mundo sabe. A novidade agora é a consolidação de um autor como especialista no gênero: Walcyr Carrasco, 49.

Depois de estrear na Globo com "O Cravo e a Rosa", novela ambientada nos anos 20, Carrasco viaja até o início do século 18, período em que se dá sua próxima trama, "A Padroeira", com estréia prevista para 18 de junho.

Será a quarta novela do autor. É também a quarta ambientada no passado, mais precisamente em 1717, na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, na então Capitania de Minas e São Paulo. É ali que vai se desenrolar o romance proibido entre os personagens Cecília e Valentim (Deborah Secco e Luigi Barrichelli, pela primeira vez protagonistas).

Cecília é a filha de um nobre português, dom Lourenço (Paulo Goulart), prometida para dom Fernão (Maurício Mattar). Valentim é o filho de um fidalgo que se recusou a entregar o mapa de uma mina de ouro à coroa portuguesa, caindo em desgraça perante a sociedade.

"É um "Romeu e Julieta" mesmo", afirma Walcyr Carrasco.

O romance, porém, será entrelaçado com bastante ação, segundo o autor. Já no primeiro capítulo, Cecília sofre uma tentativa de sequestro comandada pelo bandido Molina (Luís Mello), mas é salva por Valentim. A sequência marca o encontro do casal.

O herói, ao longo da novela, vai atrás da mina de ouro, cuja localização exata está no mapa escondido por seu pai. Achar o ouro pode representar sua ascensão social e a possibilidade concreta de se casar com Cecília.

Walcyr Carrasco afirma que sua obra tem como referências Shakespeare (1564-1616), Alexandre Dumas (1802-1870) e o romance "As Minas de Prata", de José de Alencar (1829-1877).

Enquanto "O Cravo e a Rosa" foi uma novela romântica, o autor considera "A Padroeira" um épico. "É uma história que lembra muito as séries de aventura", diz o escritor.

A novela justifica o título de "A Padroeira" no seu núcleo de pescadores. Ali, é contada a história, baseada em fatos reais, do surgimento do culto a Nossa Senhora de Aparecida.

A especialização de Walcyr Carrasco em novelas de época não é gratuita. Ele cursou faculdade de história durante três anos, antes de se tornar jornalista. "Eu tenho paixão pelas coisas históricas. Mas cada trama pede sua época", afirma ele.

Para Carrasco, o papel de uma novela não é inovar. É contar uma boa história. "Ela pode ser inovadora e não atrair o público, como pode ser acadêmica e ser boa", diz.
 

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