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04/06/2001 - 10h43

Bahia vira vitrine musical em evento latino-americano

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SYLVIA COLOMBO
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

Salvador servirá de vitrine para que cerca de 1.500 artistas sejam expostos aos olhos de 600 promotores culturais e organizadores de festivais de música da América Latina, África, Europa e Estados Unidos, entre 4 e 14 de dezembro.

O Mercado Cultural Latino-Americano, que acontece anualmente na capital baiana, reunindo representantes de países latino-americanos e africanos, terá, neste ano, o reforço da Strictly Mundial, uma feira itinerante de música independente criada pelo Fórum Europeu de Festivais de Música do Mundo.

O anúncio da programação -ainda incompleta- foi feito no último final de semana, em Buenos Aires, durante o encontro que comemorou os dez anos da Rede Latino-Americana de Promotores Culturais (também conhecida como "La Red").

O Mercado Cultural baiano, que até o ano passado acontecia apenas no teatro Castro Alves e na Concha Acústica, ganhará novos espaços. Estão previstas apresentações no MAM da Bahia, no Pelourinho e na Associação Cultural Brasil-EUA, além de algumas performances de rua.

O mercado é dividido entre as atividades abertas ao público -shows, mostra de cinema e feira de arte- e os encontros entre agentes culturais. "O principal objetivo é promover intercâmbios que permitam que os artistas circulem e sejam vistos em outros países", diz Ruy Cezar Silva, que dirige o Instituto Casa Via Magia, organização não-governamental que é responsável pelo Mercado Cultural Latino-Americano.

"Realizamos o evento porque acredito que sejam necessários uma nova discussão estética e um intercâmbio direto entre países do nosso continente, da África e da Ásia que não passe pela mediação dos EUA ou da Europa", completa Silva. Apesar disso, o mercado é realizado com apoio de algumas instituições norte-americanas, como a Ford Foundation, o Arts International e o New York Film Festival. O evento também tem suporte da Unesco, da Fundação Joaquim Nabuco e do governo do Estado da Bahia.

Entre os artistas brasileiros confirmados na programação de shows estão Zeca Baleiro, Marcos Suzano, Mônica Salmaso, Cordel do Fogo Encantado e outros (leia ao lado). A curadoria musical está sob a responsabilidade do músico Benjamin Taubkin. "Quero reunir artistas relativamente novos e que não se enquadrem ao que é tipicamente conhecido como música brasileira." A lista completa dos participantes latino-americanos e europeus será anunciada nas próximas semanas.

Da África, está confirmada a participação do grupo nigeriano Labadja, que mistura música e dança, além da exibição de filmes de produção recente dentro da Mostra de Cinema Pan-Africano.

"Também vamos promover um encontro de música negra que reúna artistas norte-americanos, cubanos, brasileiros, de Trinidad e Tobago e da Martinica. São pontes que usualmente não são feitas", diz Silva.
 

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