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06/06/2001 - 16h39

Bibi Ferreira comemora 60 anos de palco cantando Amália Rodrigues

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da Folha Online

Na próxima sexta-feira São Paulo ganhará mais um espaço para apresentações de espetáculos com a inauguração do Espaço Cultural Santo Agostinho. A estréia será em grande estilo com o início da temporada da peça "Bibi Vive Amália", com a atriz Bibi Ferreira.

Aos 79 anos de idade e 60 de carreira, Bibi Ferreira traz o espetáculo para São Paulo em três únicas apresentações. Daqui a peça, que teve estréia nacional no Rio de Janeiro, vai para Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

O espetáculo é um concerto musical alinhavado pela narrativa da vida da cantora portuguesa Amália Rodrigues. Roteiro, texto e direção cênica estão a cargo de Tiago da Silva, poeta, escritor, compositor e diretor, amigo de Amália, tendo sido seu companheiro nas turnês por todo o mundo por quase 6 anos. A direção musical e os arranjos são assinados por Nelson Melim, maestro e pianista de Bibi desde 1983.

O responsável pela cenografia é Alexandre Murucci e os figurinos estão sendo criados e confeccionados por Francis Fabian, profissional, responsável pelo figurino de Amália durante turnê da cantora no Brasil, em 1973.

No palco Bibi será acompanhada pelo Maestro Nelson Melim (piano), Vitor Lopes (guitarra portuguesa), Silvino Pinheiro (violão), Álvaro Augusto (baixo-elétrico), Jamir Torres (bateria) e Irene Mutanen (acordeon).

A narrativa é feita pelo ator Nilson Raman, que é acompanha Bibi desde 1998, sendo o atual narrador do concerto sobre a vida da cantora francesa Edith Piaf, feito por Bibi.

Para a estréia no Rio de Janeiro e a primeira etapa da turnê Bibi recebe um convidado especial, o músico Carlos Gonçalves, um dos mais expressivos guitarristas portugueses da atualidade. Ele foi músico de Amália por mais de 30 anos e também seu parceiro em algumas composições, como 'Lágrima'.

Amália Rodrigues

Amália Rodrigues começou a despertar a atenção do público internacional nos anos 50, quando excursionou pelo Brasil, pela França e pelos EUA. A cantora ainda ajudou a popularizar o fado mundialmente, apresentando-se no Japão, na ex-URSS e na África.

Sua carreira deslanchou em 1939, quando começou a se apresentar em uma casa de fado em Lisboa. O sucesso na música fez com que recebesse convites para atuar em teatro e cinema. Alguns dos filmes em que trabalhou foram 'Sangue Toureiro' (58), 'Fado Corrido' (64) e 'As Ilhas Encantadas' (65).

Em 1974, com a Revolução dos Cravos (movimento militar de esquerda que derrubou a ditadura de Salazar), a popularidade de Amália sofreu declínio. A cantora foi acusada de simpatizar com o antigo regime, mas para provar que tal fato era infundado cantou a música-tema da Revolução, 'Grândola Vila Morena'.

A cantora morreu em 1999, aos 79 anos.

Teatro

O teatro, que conta com 718 lugares, faz parte do complexo do Colégio Santo Agostinho, fundado há 70 anos pelos padres agostinianos vindos da Espanha.

Com a reforma, orçada em R$ 3,5 milhões, o auditório, que existe desde a década de 70, mas só abrigava apresentações dos alunos do colégio, ganhou status de teatro e está preparado para receber peças teatrais, musicais, simpósios e conferências.

Para abrigar essa diversidade de tipos de atividades, o palco foi ampliado e o teatro ganhou cinco camarotes e equipamentos de última geração.

A direção do teatro ficará subordinada à direção da escola e, segundo a assessoria da instituição, a a renda da bilheteria será revertida para obras beneficentes mantidas pela ordem de Santo Agostinho.

Teatro: "Bibi Vive Amália"
Patrocínio:Brasil Telecom, Petrobrás e Colégio Santo Agostinho
Onde: Espaço Cultural Santo Agostinho (rua Apeninos, 118, Liberdade, tel.0/xx/11/278-25 88)
Quando: estréia sexta-feira, às 21h. Sáb.', às 21h, e dom., às 19h
Quanto: R$ 50
 

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