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08/06/2001 - 04h39

Michael Stipe abre o jogo após novo disco do R.E.M.

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SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo

A velha dúvida sobre qual a melhor e mais influente banda de rock dos últimos 20 anos, se R.E.M. ou U2, não existe mais. Pelo menos para o músico Bono, uma das partes interessadas.

O irlandês afirmou recentemente que "Reveal", 12º álbum do trio norte-americano liderado por Michael Stipe, é o melhor disco que ele já ouviu na vida.

Com ele devem concordar, pelo menos parcialmente, 100 mil brasileiros, que deram na terça-feira o disco de ouro ao lançamento em menos de um mês, sucesso que pode ser reflexo do show histórico que a banda fez no Rock in Rio em janeiro deste ano.

O segredo está na fidelidade ao espírito independente e à integridade artística que levaram os rapazes da cidade de Athens, na Geórgia, a lançar álbuns clássicos como "Automatic for the People" e "Out of Time" e vender milhões e milhões de discos.

"Sou muito ingênuo", diz Stipe à Folha. "Com 15 anos, não gostava da música que tocava nas rádios, juntei uns amigos e resolvemos fazer uma banda".

"Reveal" é o segundo CD de Stipe (vocal), Peter Buck (guitarra) e Mike Mills (baixo) como trio. Em 1997, depois de sofrer um derrame, o baterista Bill Berry se aposentou e foi cuidar de vacas numa fazenda nos EUA.

A banda quase acabou. Lançou o sombrio "Up", que iria virar injustamente o testamento sonoro do R.E.M.. "Vimos que somos amigos, mais do que parceiros, e daí saiu "Reveal'", diz Stipe.

O disco é jovial, "para cima", com direito até a uma tentativa de revisão de "Garota de Ipanema", segundo o autor. Contrasta com o próprio Stipe, que aos 41 parece mais velho e cansado.

Pode ser culpa da careca, que continua cada vez maior, agora com alguns cabelos grisalhos onde ainda há cabelos. Ou seu jeito sério, a voz grave e baixa.

Mas no mar de N'Syncs, Backstreet Boys e Jennifers Lopez que dominam as paradas dos EUA hoje em dia, é um privilégio escutar o que tem a dizer o criador de "Radio Free Europe" e "It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)".

Ah, sobre aquela declaração há duas semanas à revista "Time": sim, ele continua gay.
 

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