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04/07/2001 - 15h50

Rio cria prêmio de teatro infantil e homenageia Maria Clara Machado

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da Folha Online

O Instituto RioArte, do Rio de Janeiro, criou o Prêmio Maria Clara Machado de Teatro, para incentivar a produção de teatro infantil na cidade. O prêmio homenageia a professora, autora e diretora teatral, que morreu no dia 30 de abril, aos 80 anos, vítima de linfoma.

Podem concorrer à premiação - que é de R$ 75 mil, no total - os espetáculos infantis ou infanto-juvenis encenados entre 1º de julho de 2001 a 1º de julho de 2002, desde que fiquem no mínimo dois meses seguidos em cartaz.

Para que o espetáculo concorra, é necessário ser indicado em pelo menos uma categoria por três jurados, e deve ser assistido pelos demais. A comissão de jurados é formada por cinco profissionais ligados ao teatro infantil e da imprensa especializada, e deve ser renovada a cada ano.

Para a primeira edição, foram escolhidos para fazer parte do júri Manya Millen, crítica de teatro infantil do jornal "O Globo", Marília Sampaio, repórter de cultura do "Jornal do Brasil", Lívia de Almeida, contadora de história e editora-assistente da "Veja-Rio", Lúcia Coelho, autora e diretora teatral, e Sílvia Aderne, atriz e integrante do Grupo Hombu.

As peças serão escolhidas entre dez categorias: Melhor espetáculo (3 melhores), Melhor Ator, Atriz, Autor, Encenador/Diretor, Cenografia, Figurino, Musica, Iluminação e Especial (que pode ser concedido a um trabalho de pesquisa de linguagem, coreografia ou manipulação de bonecos, ou ainda algum trabalho que não se inclua nas categorias anteriores). Os três melhores espetáculos ganham R$ 10.000, e as outras categorias receberão R$ 5.000. A premiação ocorre em agosto de 2002.

Os concorrentes devem enviar ficha técnica (atualizada) completa para o RioArte Comissão do Prêmio Maria Clara Machado (r. Rumânia 20, Laranjeiras, Rio de Janeiro, Cep 22240-140 tel. 0/xx/21/ 265-9960). Ao fim de cada semestre serão revelados os cinco pré-indicados de cada categoria.

Quem foi Maria Clara Machado

Autora, diretora e professora de teatro, Maria Clara fundou em 1951 o teatro O Tablado, que formou várias gerações de atores como Louise Cardoso, Wolf Maya, Malu Mader e Cininha de Paula.

Em 1955, escreveu "Pluft, o Fantasminha", cuja importância para o teatro infantil pode ser comparada à relevância de "Vestido de Noiva" (1943), de Nelson Rodrigues, para a dramaturgia adulta.

Nos últimos anos, Maria Clara tocava O Tablado com sua sobrinha, a diretora Cacá Mourthé, com quem escreveu sua última peça, 'Jonas e a Baleia', no ano passado. A autora tinha vontade de escrever outra peça neste ano.

Maria Clara pretendia comemorar os 50 anos de fundação de O Tablado, em outubro, com uma nova peça, que deveria ser chamada de "O Menino do Chapéu".

A idéia de escrever esse texto teria surgido do fato de que a autora pasava por quimioterapia e, com a queda do cabelo, usou chapéu frequentemente nos seus últimos meses de vida. No lugar de "O Menino do Chapéu", o músico e comediante Tim Rescala vai preparar uma opereta em torno da peça "O Cavalinho Azul", escrita por Maria Clara em 1960.
 

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